segunda-feira, 30 de julho de 2012

Padre Antonello responde perguntas sobre o repouso no espírito


Padre Antonello responde perguntas sobre o repouso no espírito
Pe Antonello é de origem italiana, ordenou-se sacerdote em seu país natal e veio para o Brasil em 1990, como missionário, percorrendo alguns Estados como Tocantins e Minas Gerais. Veio para São Paulo a convite de Dom Cláudio Hummes, tornado-se Assistente Espiritual do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica – RCC. Pe Antonello sempre teve muita compaixão pelos mais carentes e por inspiração divina fundou a Comunidade Imaculada do Espírito Santo, que é totalmente voltada ao serviço aos excluídos. Em sua maneira de ser, alegre e extremamente simples, leva por onde passa a misericórdia e o amor de Deus. 
 
 
O Espírito Santo age de diferentes modos e o repouso no Espírito é um deste modo, pois é um dom. Muitas pessoas perguntam se na bíblia existe algo escrito sobre o repouso no Espírito. Na verdade não existe essa expressão na bíblia, mas podemos ver relatos que remetem a esse fenômeno. Não é necessário que esteja na Palavra o mesmo termo, por exemplo, a palavra assunção não está na bíblia, mas foi definido o dogma da “Assunção de Maria”. Veja o Perguntas e Respostas:

Se não cai no repouso do Espírito está com o demônio?

O Espírito Santo se manifesta de variados modos de acordo com a necessidade, para o bem da comunidade, da igreja, ou seja, a um dá o dom das línguas, a outro o dom da cura, etc. Quando não conhecia esse dom eu, também, ficava assustado, me lembro do Padre Degrandis orando por repouso, achava estranho, mas eu repousava.

Porque a pessoa cai no chão?

Com o passar do tempo vamos criando barreiras, vamos criando defesas e muitas vezes nossos pais vão nos dizendo que não podemos confiar nos outros e por isso muitas pessoas vão se fechando, colocando-se sempre em posição de defesa. Com o repouso no Espírito, Jesus age nesta barreira de defesa em relação ao outro e inclusive de Deus, assim fica mais fácil o Senhor me curar e liberta porque não existe mais resistência.

O que acontece no repouso no Espírito?

Jesus atua profundamente durante o repouso, pois ele conhece nosso coração, ele sabe se deve agir com uma cura física ou emocional, por isso devemos sempre nos abandonar em Jesus. Quem reza pela pessoa não deve ter presa, mas deve ajudar a pessoa a se abandonar sempre mais em Jesus.

O repouso é uma forma de hipnose?

Não, pois na hipnose ou no transe a pessoa não tem mais consciência, ou força de querer ou não, já no repouso a pessoa está consciente de tudo o que está acontecendo.

 Jesus cura fisicamente uma pessoa no repouso?

Sim, outra graça é que sempre a pessoa que sai do repouso experimenta um bem-estar muito grande.

O que devemos evitar?

O escândalo deve ser evitado, me lembro de uma situação em que duas coroinhas repousaram no Espírito durante a missa, isso causou um susto, um espanto.

E se o padre não quiser que façamos o repouso no Espírito durante o grupo de oração?

Não devemos desobedecer o padre local, se o padre pede para não fazer, não façamos, nada impede que você faça na sua casa.

Porque algumas pessoas se agitam durante o repouso?

Normalmente essa tremedeira acontece nas primeiras vezes ou acontecem por dois motivos: primeiro, pode ser que a pessoa viveu um momento emocional muito violente na sua vida, que pode ser durante o ventre da mãe; outra hipótese, um jovem cai durante o grupo de oração e começa a se agitar, este jovem pode ter experimentado uma tentativa de aborto e carrega esse trauma; outras situações são pessoas que se consagraram ao demônio ou participou de práticas ocultas, e começam a se agitar, isso é uma manifestação; essa pessoa deve receber oração por libertação.
Por isso devemos sempre orar pelo repouso no espírito, para que a cura se manifeste cada vez mais em nossas vidas.

Portal Carismático

TERÇO DA CRUZADA


TERÇO DA CRUZADA
(como arma poderosa contra os poderes infernais)
Creio em Deus Pai... 3 Ave-Marias... Glória ao Pai...
NA PRIMEIRA DEZENA contemplamos como Jesus nos deu um exemplo brilhante na luta contra satanás e seu reino.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai
Ao final de cada dezena, reza-se este exorcismo:
            “Levanta-se Deus, por intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, de São Miguel Arcanjo, de todas as milícias celestes e sejam dispersos seus inimigos e fujam de sua face todos os que O odeiam, em Nome do Pai, † do Filho, e do Espírito Santo. Amém”.
NA SEGUNDA DEZENA contemplamos como Jesus venceu a morte e o inferno pela sua paixão e morte na cruz.
NA TERCEIRA DEZENA contemplamos a cruz de Cristo, que se tornou sinal de terror para satanás.
NA QUARTA DEZENA contemplamos como Jesus deu á Virgem Maria a força de esmagar a cabeça da serpente infernal.
NA QUINTA DEZENA contemplamos como Jesus deu á Virgem Maria o poder sobre satanás por todos os tempos.

7º dia - Dom da Palavra de Sabedoria


Dom da Palavra de Sabedoria
 
"A um é concedido por meio do Espírito, a linguagem da sabedoria" (1Cor 12,8)
A palavra de sabedoria é a manifestação sobrenatural da sabedoria de Deus. Não se trata do resultado de qualquer esforço humano em se conhecer a sabedoria divina (1Co 2.4,6), nem tão pouco de nosso crescimento espiritual. É um dom de Deus. É  senão a aplicação prática e o reto uso do dom de ciência. O dom da ciência apresenta-nos um panorama da situação e com o dom da sabedoria o Senhor nos revela qual deve ser o nosso comportamento em cada situação.
O dom da ciência é mera informação sobrenatural; o dom da sabedoria incentiva o desenvolvimento prático que se deve seguir. Com o dom da ciência o Espírito Santo nos faz ver, com o dom da sabedoria ele nos leva a agir.
É dom de Deus, não se trata portanto da sabedoria humana, fruto da inteligência e da experiência. É manifestação do Espírito; por isso não é habilidade humana nem sagacidade, esperteza ou diplomacia.
Notemos que existe também uma diferença entre o dom da linguagem da sabedoria e o dom comum da sabedoria. Este último é o dom que nos faz encarar e apreciar a deus da maneira mais objetiva possível, ou em outras palavras: faz despertarem nós o gosto pelas coisas de Deus. A linguagem da sabedoria por sua vez, é um dom de Espírito que nos mostra o modo de agir para mantermos em dia o plano de Deus, conhecido mediante o dom da ciência.
É o dom que nos faz dar respostas acertadas em caso de sermos levados aos tribunais. Em tais situações não devemos preocupar-nos com o que haveremos de dizer porque o Espírito falará por nós (Mt 10,19). É este o dom que devemos usar quando temos decisões difíceis para tomar e problemas árduos para resolver. O rei Salomão foi agraciado com esse dom quando teve de julgar qual das mulheres era a mãe da criança. É o dom negado aos soberbos e reservado aos humildes: "louvo-te e agradeço-te, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos simples" (Lc 10,21). "Arruinarei a sabedoria dos sábios, e frustrareis a inteligência dos inteligentes (1Cor 1,19). Os soberbos chefes do Sinédrio "não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que Estevão falava"(At 6,8)
Os que receberam este dom não significa que são mais sábios que os outros. Jesus prometeu aos seus discípulos: “boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem” (Lc 21.15). Esse dom vai além da sabedoria e preparo humano. Mas é preciso salientar que a sabedoria se divide em três tipos:
a) Sabedoria humana – Lc 14.28-33; 1Co 2.6
b) Sabedoria satânica – Tg 3.14-16
        c) Sabedoria Divina – Tg 3.17; 1Co 2.7

domingo, 29 de julho de 2012

6º dia - Dom da Palavra de Ciência


Dom da Palavra de Ciência
 
"A um é concedida por meio do Espírito, a linguagem da ciência" (1Co 12.8).
O dom da palavra de ciência é a capacidade sobrenatural que propicia uma visão além da esfera material. É a penetração na ciência de Deus (Ef 3.3). Mesmo que muitos confundam a sabedoria e o conhecimento (ciência), há uma diferença entre as duas: sabedoria – é o conhecimento em ação; ciência – é o conhecimento em si. Mas de acordo com a Bíblia a sabedoria e a ciência devem andar juntas (Ef 1.17-19). Também se difere do dom da profecia, pois este é uma mensagem expressa em palavras na língua vernáculo ou em línguas desconhecidas, já  a linguagem da ciência tem como característica também uma mensagem, porém interior, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento à respeito de pessoas, de circunstâncias ou de verdades bíblicas. Não se identifica também com o dom do discernimento dos espíritos, visto que este se endereça a sujeitos determinados, ou seja, aos espíritos, ao passo que a palavra de ciência toma qualquer direção.
Este carisma não diz respeito a bagagem cultural que adquirimos através do estudo e onde aplicamos a nossa inteligência e a nossa vontade. Não se trata também do conhecimento de Deus e das realidades divinas, adquirido mediante o estudo da filosofia e da teologia. Este dom não se adquire através de especulações intelectuais. O que, porém, é verdadeiro, é que ele alcança a inteligência, graças à revelação por parte do Espírito Santo. São Paulo chama-o "linguagem" ou "palavra da ciência". Em grego encontramos o vocábulo "logos", que não significa necessariamente emissão de som ou fenômeno vocal mas, antes, pensamento. Por linguagem da ciência entendemos, portanto, um conhecimento intelectual, mas não necessariamente expresso por palavras. No nosso caso, este conhecimento alcançou a nossa mente, não através das vias normais do raciocínio ou da percepção, mas mediante uma revelação. Podemos, pois definir o dom da linguagem da ciência como uma revelação sobrenatural relativa a situações, fatos, eventos passados, presentes, ou futuros, não conhecidos por meios humanos. Podemos considerar este dom como um fragmento da onisciência de Deus, revelado à nossa inteligência e concernente a um fato determinado.
Poderíamos, ainda, chamá-lo de diagnóstico que Deus faz de um fato, de um problema, de um estado de espírito, de uma situação e cujo resultado é comunicado à nossa mente. Esse dom torna-nos capazes de compreender o profundo significado sa Sagrada Escritura, através de uma iluminação sobrenatural sobre os pensamentos de Deus, contidos nas palavras inspiradas. Esse dom faz com que a nossa inteligência penetre nas verdades divinas sem que empreguemos o esforço do raciocínio.
Podemos identificar esse dom, quando ao profeta Natan foi revelado o pecado de Davi com Bersabéia e ao profeta Eliseu foi mostrado, através de uma visão, o lugar onde se encontravam os inimigos, podendo assim salvar o povo de Deus. Ananias também teve uma visão que lhe adiantou a conversão de Saulo.
Também Jesus exerceu esse dom. Revelou os pecados do paralítico e a vida passada da mulher samaritana. Viu Natanael debaixo da figueira, a traição de Judas, a negação de Pedro e a fuga dos apóstolos na hora da paixão.
Hoje, este dom está reaparecendo nos grupos carismáticos. Podemos ter o testemunho pessoal ao ver curas serem reveladas, ou mesmo acontecimentos passados, presentes ou futuros.

sábado, 28 de julho de 2012

5º dia - Dom de operar Milagres


Dom de operar Milagres
 
 “Em verdade vos digo: se tiverdes fé como um grão de mostarda, podereis dizer a este monte: – muda-te daqui para ali, – e ele mudar-se-á. E nada vos será impossível” (Mt 17,20”
O dom dos milagres está intimamente relacionado com o dom das curas. Este se restringe aos problemas da saúda do homem, ao passo que o primeiro se estende também a eventos fora do homem e às leis da natureza. O dom dos milagres é também um dom do Espírito Santo. São Paulo também o inclui por ele mencionados, embora não o considere como o mais importante.
Hoje, será difícil encontrar alguém que creia na atualidade dos milagres, quase todos temos até medo dos milagres. Compreende-se que os não-crentes tenham medo dos milagres, pois esses são uma prova irrefutável da existência do sobrenatural. Eles são como uma luz que cega, um acontecimento revolucionário, uma força irresistível que obriga o homem a colocar-se de joelhos.
Não se compreende, todavia, que também os crentes tenham medo dos milagres. Teoricamente os crentes admitem os milagres, mas na prática, eles os julgam algo grande de mais para serem encarados pela mente humana, hoje tão evoluída. Em geral, não há dificuldade em aceitar os milagres do Evangelho ou da vida dos santos, mas quando se diz que aconteceu algum milagre nos nossos dias, até mesmo bons católicos sentem-se embaraçadas.
Testemunho:
Alguns anos atrás, em Nassau nas Bahamas, ouvi uma conferência de Mel Tari, jovem indonésio, sobre a atualidade dos milagres. Anteriormente eu já havia lido o seu livro: Like a mighty Wind e, por isso, foi grande o meu interesse e também a minha curiosidade em ouvir a conferência. Mel Tari narrou com simplicidade evangélica os milagres acontecidos na ilha  de Timor, no tempo em que ele e mais alguns companheiros pregavam o Evangelho de aldeia em aldeia. Contou o conferencista, com todos os detalhes, como eles conseguiram atravessar a pé enxuto rios caudalosos, como multiplicaram o pão, como converteram a água em vinho e como ressuscitaram uma pessoa, morta há dois dias. Quando perguntei qual havia sido o segredo de tais prodígios, Tari me disse: as promessas de Jesus. Vocês ocidentais acreditam que a Bíblia é a história que narra as grandezas de Deus. Nós que a recebemos há seis anos, acreditamos que ela não é a história, mas que ela manifesta ainda hoje as grandezas de Deus.
Os milagres são tão necessários hoje como outrora. Se ao nível da vida natural o milagre pode parecer um acontecimento excepcional, no plano da salvação, de ordem sobrenatural, ele se manifesta como elemento normal e essencial. Na verdade, toda a história da salvação está cheia de milagres: a libertação do povo hebreu do Egito, a viagem pelo deserto, a conquista da Palestina, são grandes eventos acompanhados de milagres.
A vida de Cristo é repleta de milagres. Com o milagre em Caná da Galiléia, “Jesus deu início aos seus milagres e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele” (Jo 2,11).
As promessas de Jesus são simplesmente infalíveis. “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim fará também ele as obras que eu faço, antes, fará até maiores, porque eu vou para o Pai” (Jo 14,12). “Nada vos será impossível” (Mt 17,20). “Tudo é possível a quem crê” (Mc 9,23). “Tende fé em Deus. Em verdade vos digo: se alguém disser a esse monte: – sai e lança-te ao mar – e não duvidar no seu coração, mas crer que o que diz se cumprirá, ser-lhe-á concedido” (Mc 11,22-23). Jesus nos garantiu que tais promessas são irreversíveis: “passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mt 24,35).
Os cristãos aceitam facilmente os “grandes milagres”, como os chama santo Agostinho: a criação do mundo, o milagre da vida, mas relutam em admitir os “milagres menores”, isto é, os acontecimentos que subvertem os leis da natureza, graças à intervenção divina que se vale de leis superiores por Deus mesmo, para o governo do mundo.
O movimento renovação carismática quer recordar aos que lêem o Evangelho todos os dias que as promessas de Jesus são muito mais do que simples palavras. Todo cristã pode ter o dom dos milagres, como também pode ser objeto de milagres. Todo cristão é capaz de mover montanhas, não necessariamente de terra e pedras, mas montanhas de obstáculos. Todo cristão é capaz de transformar situações que para a lógica humana podem até parecer impossíveis.
Todo batizado, participa do poder de Cristo e, logicamente, poderá também fazer as mesmas obras que Jesus fez. Todos os crentes podem ter o dom dos milagres e não apenas alguns privilegiados. O dom dos milagres é cada para cada indivíduo , mas especialmente para a comunidade. O Espírito Santo prefere dá-lo mais à comunidade do que a uma pessoa taumaturga.
fonte: adaptado e revisado pelo Portal Carismático do Livro O Despertas dos Carisma de Serafino Falvo

sexta-feira, 27 de julho de 2012

4º dia - Dom da Fé


Dom da Fé
 
"Esta é uma arma que vence o mundo: a nossa fé" (1Jo 5,4)
O terceiro carismas das obras é a fé. Dom que o Espírito Santo colocou à nossa disposição para que possamos usufruir da própria onipotência de Deus. A fé é a nossa "energia atômica", capaz de aniquilar todas as forças infernais, é ela que nos desperta para acreditarmos convictamente em algo que não se vê, geralmente, de maneira natural.
Hoje, infelizmente o naturalismo e o ceticismo estão ganhando muito terreno. Hoje, submersos no materialismo e orgulhosos pela própria auto-suficiência os homens creêm que já não mais precisam crer. Creêm somente em si mesmos, nas próprias capacidades, nos seus talentos, no dinheiro, nos seus próprios planos.
Não confiam nos chefes políticos e consequentemente nos chefes religiosos, e ainda nos amigos e parentes, e lógicamente menos ainda nas coisas sobrenaturais.
Verdade é que na alma do povo ainda há um resíduo de fé, mas trata-se de uma fé tradicional, vaga, confusa, subjetiva e superficial. Não conhece o verdadeiro sentido dos dogmas e da doutrina católica.
A fé um dom de Deus; um raio de luz que parte de Deus para a alma humana, que para vingar deve encontrar um terreno adequado, deve ser aceita de coração e espírito aberto, pois o Espírito Santo não invade corações trancados. "A fé vem de pregação e a pregação é feita por mandato de Cristo" (Rm 10,17).
A crise de fé se verifica no povo cristão e até mesmo entre os seus líderes e pastores. Todas as crises morais, têm sua origem na crise da fé. O movimento de renovação carismática pretende ser, principalmente, um movimento de renovação da fé, encarando-a como virtude e como carisma.
A fé como virtude
Fé como virtude significa aderir às verdades reveladas por Deus, não pela credibilidade intrínseca dessas verdades, mas pela confiança que depositamos naquele qu no-las fez conhecer.
Nos grupos carismáticos vive-se da fé. Após o "batismo no Espírito", os artigos do Credo tornam-se misteriosa e surpreendentemente claros, evidentes e sublimes. Os próprios mistérios já não são comparáveis a muros resistentes contra os quais seria inútil bater a cabeça, mas são como oceanos de luz nos quais se anseia imergir com toda alegria.
Cristo torna-se, pela fé, o centro de sua vida, a alegria transbordante de cada respiro e o objeto predileto dos seus incessantes louvores.
Em tempos  que se caracterizam pela revolta e pelo individualismo insubordinado, os carismáticos reafirmaram sua fé na igreja e a submissão incondicional aos seus legítimos representantes. Os carismáticos quase que instintivamente, encaram todos os acontecimentos, grandes e pequenos, alegres e tristes, à luz de Deus, procurando julgá-los sempre sobre o prisma da fé. seja qual for a circunstância, alegre ou dolorosa, as pessoas carismáticas só têm um comentário a fazer e uma só exclamação a proferir: "Deus seja louvado".
A virtude da fé encerra ainda um outro aspecto que deve ser relevado. A fé não é só adesão às promessas de Cristo. Em outros palavras, fé significa entrega total a Deus e à sua providência. Deus, ao criar-nos preparou um plano relativo a cada um de nós. Como seres conscientes precisamos descobrir o plano, aceitá-lo e colaborar com todas as nossas forças para que ele seja levado a bom termo.
"O justo vive da fé", diz o Apóstolo (Rm 1,17). O que vale dizer que a fé é o termômetro da nossa santidade.
Aquele que tem fé é uma pessoa que vive confiante na providência divina, não se deixa abater pelas dificuldades em meio as necessidades, pois sabe que o Pai que está no céus tudo providenciará e este como o Apóstolo poderá dizer: "sei em quem depositei minha confiança" (2Tm 1,12). E mesmo que tudo se manifeste contrário ao nosso ato de fé, continuamos a crer, sem indagar-nos como, por quais caminhos e meios o Senhor virá ao nosso encontro.
A fé como carisma
A virtude da fé, comum a todos os cristãos, difere do dom da fé, mencionado por Paulo: "a outro é dado o dom da fé" (1Cor 12,9). Este é realmente um dom sobrenatural do Espírito Santo, conferido em circunstancias especiais para dar cumprimento às obras de Deus. É Deus mesmo que, em determinada circunstâncias, faz com que a pessoa aja da maneira que ele quer. Há determinadas situações em que certas pessoas são revestidas de um poder sobrenatural, tornando-as capazes de ver claramente que Deus revelará o seu poder e sua bondade através de um sinal extraordinário. Em outras palavras o homem de fé percebe em si mesmo e com absoluta certeza, que o Senhor deseja realizar um milagre por meio dele. Ora essa revelação interna leva-o a agir com firmeza e a reagir contra as circunstâncias contrárias, como se ele estivesse vendo agora o que ainda irá acontecer depois.
O homem de fé não crê simplesmente que Deus pode fazer tal prodígio, mas que o fará de fato ou, antes, que ele já o fez. Essa foi, aliás, a atitude de profeta Elias ao fazer descer o fogo sobre o Monte Carmelo. Essa foi também a atitude de Pedro que, sem titubeios, disse ao coxo que se encontrava à porta do templo: "Em nome de Jesus nazareno, levanta-te e anda" (At 3,6). Noutra ocasião, o próprio Pedro ressuscitou o corpo de Tabita dizendo simplesmente: "levanta-te" (At 9,36). Paulo também agiu da mesma maneira quando, colocando-se sobre o corpo de Êutico, o abraçou e gritou para a multidão: "Não vos perturbeis, que ele está vivo".
Concluindo, podemos dizer que o dom da fé é um carisma relacionado com os de mais. O dom da fé serve de preparação para usar ou outros, principalmente o dom das curas e o dom dos milagres. Como os demais dons do Espírito, trata-se de um carisma concedido gratuitamente, embora nada nos impeça de pedi-lo, principalmente se a glória de Deus e o bem do corpo místico o exigirem.
fonte: adaptado e revisado pelo Portal Carismático do Livro O Despertas dos Carisma de Serafino Falvo

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Boa noite...


boa noite!


boa noite!



Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora

Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora







Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, e avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Eram estéreis. Joaquim dirigiu-se então para o deserto, e ali passou, 40 dias em jejum e oração. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho. De facto, nasceu-lhes uma filha, à qual deram o nome de Maria.

A devoção de Santa Ana ou Sant'Ana remonta ao século VI, no Oriente. No Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.


Aproveitamos pra deixar os parabéns para todas as vovós que frequentam nosso grupo de Oração, as avós dos nosso servos, perseverantes,dos internautas que visitam nosso blog e à aquelas bem modernas que visitam nosso blog...
O dia de vcs não poderia ser em um dia tão Especial!!

PARABÉNS!


Quem renova as suas forças?

Manual Prático de Combate Espiritual


Manual Prático de Combate Espiritual
Vivemos em um tempo de muitos conflitos, seja de ordem social, política ou moral. Ouvimos rumores de guerras, terrorismos e todos os tipos de violências em todos os lugares. Porém, nosso maior conflito é de ordem espiritual. Paulo em sua epístola aos Efésios exorta-nos: “pois não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os principados e potestades, contra os espíritos dirigentes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nos ares (Efe 6, 13).
 Estamos vivendo sem duvida alguma um Combate Espiritual, ou seja, a luta do espírito contra a carne, a realidade espiritual contra a realidade temporal. Devemos lutar para que à vontade da carne não prevaleça, e sim à vontade do espírito, o maligno, porém, é esperto, sabe como se introduzir no sentido, na imaginação e na libido, através de uma lógica utópica, contudo, não podemos deixar-nos enganar e aceitar as tentações que ele nos apresenta.
Enquanto estivermos neste mundo seremos tentados, “a vida do homem na terra é uma contínua tentação” (Jó 7, 1). Assim como o fogo prova o ferro, a tentação prova o justo, devemos, pois, resisti-las “com orações e súplicas de toda a sorte...”(Efe 6, 18). Nenhum homem está livre de ser tentado, pois já nascemos com inclinações ao pecado: “eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado” (Sl 50, 7). Entretanto, temos a certeza que não seremos provados acima de nossas forças, como São Paulo nos assegura em (1 Cor 10, 13).
Para resistir às tentações temos duas opções: fugir das ocasiões de pecado ou resisti-las com orações. Evitar as ocasiões de pecado não basta, é necessário arrancá-las, queimá-las no fogo do Espírito, por isso devemos ter uma vida de oração. Dessa forma, percebemos que uma completa a outra.
A batalha é árdua, ao mesmo tempo em que temos de lutar contra nós mesmo (más inclinações), pois somos fracos de vontade, faz-se necessário lutar contra as potências inimigas, que ao nosso redor ladra como um cão feroz, procurando a quem devorar. Ser vigilantes, nos tempos atuais é de extrema importância: “vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (Mat 25, 13).
Resiste no principio,
Tarde chega o remédio
Se já, por largo tempo,
A mal lançou raízez.
O inimigo nunca chega de uma vez, apresentando-nos uma grande tentação. Ele é astuto, pois sabe que se assim fizer resistiríamos, ele primeiro nos oferece um simples pensamento, depois uma importuna imaginação, logo o desejo, o movimento desordenado, por fim o consentimento da vontade. A Bíblia Amplificada traduz: "Orai em todo tempo - em cada ocasião, em cada época - no espírito, com toda (maneira de) oração e súplica”. Se não vigiamos com orações o inimigo aos poucos vai conquistando o nosso coração até tomar posse de tudo.
Como em uma guerra é importante, conhecer o inimigo, as armas que possuí, quais as formas de ataque que ele utiliza. Neste Combate Espiritual devemos seguir as mesmas regras, as principais formas de ataque de satanás são:
- convencer-nos que ele não existe: engana-se quem acredita que essa tática do maligno é “furada”. Para muitos hoje, o demônio não passa de uma figura mitológica, medieval, folclórico que existiu no passado. Hoje, infelizmente, existem teólogos e exegetas que negam até mesmo os exorcismos de Nosso Senhor. Dos 105 exorcistas franceses, apenas 5 acreditam na existência do demônio, como nos traz o Padre Amorth, no seu livro Exorcismos e Psiquiatras. Algumas citações: (Mat 4, 1.10-11) / (Mac 3, 11) / (Jo 13, 26b-27a).
vermos demônio em tudo e em todos: este é outro perigo, começamos achar que tudo de ruim que nos acontece é motivado pela sua presença.
pelo medo: nenhum medo vem de Deus, por isso devemos renunciá-los. Os medos são portas abertas para o inimigo agir em nossas vidas. “O senhor é meu pastor e nada me faltará” (Sl 22, 1).
Pela culpa, real ou imaginária: o papel de acusador cabe ao demônio (Sl 109,6; Zc 3, 1-2;), (especialmente dos pecados passados), porém não há pecado que Deus não perdoe, “Teus pecados estão perdoados!" (Mc 2,5; Lc 7,48).
Por nossas emoções (para nos manter voltados para nós mesmos).
pela mentira, divisão, criar desconfianças, semear desarmonia; deformar, distorcer e aumentar os fatos, de moda a criar um abismo entre os irmãos.
No mundo, Satanás age levando a perdição nas famílias, a desestruturação de governos através da corrupção, da sociedade materialista, da pornografia, do homossexualismo, do adultério, da fornicação e tantas outras formas.
O dia em que o senhor voltará, está próximo, por isso o inimigo tem tentado destruir o plano de Deus (a salvação dos homens) de todas as formas. Será difícil vencer a batalha utilizando pequenas armas, enquanto o inimigo utiliza de canhões. Indubitavelmente a vitória já foi conquistada na Cruz, porém o maligno quer tirar de nós esta vitória, e ele só irá conseguir se nós entregarmos a ele.
É necessário mantê-la conosco, defendendo-nos de seus ataques. “Mas em todas essas coisa somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou” (Rm 8, 37). Essa defesa se dará com poderosas armas espirituais que Deus nos concede:
Santo Rosário – Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis,  de 29 de setembro de 1937).
Jejum – Diz Santo Atanásio: “Queres saber o que o jejum faz? […] Expulsa os demônios e liberta dos maus pensamentos, alegra a mente e purifica o coração”. (INSTRUMENTUM LABORIS).
A Eucaristia – “ela é o antídoto que nos liberta de nossas faltas cotidianas e nos preserva dos pecados mortais”, é p alimento da alma, união verdadeira com Deus, nela encontramos reconciliação e redenção, "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (Joã 7, 51).
A Palavra de Deus – cada palavra da Bíblia está dotado de poder, Jesus curava pelo poder da palavra, se queremos ser curados, libertos, cheios de Espírito de Deus, devemos ter lê-la.
Extraído do livro: Orações de Combate Espiritual, de Alexandre Borges

ORAÇÃO PELOS DONS DO ESPÍRITO SANTO


ORAÇÃO PELOS DONS DO ESPÍRITO SANTO
 
            Espírito Santo, concedei-me o dom da sabedoria, a fim de que cada vez mais aprecie as coisas divinas e, abrasado pelo fogo do vosso amor, prefira com alegria as coisas do céu a tudo o que é mundano e me una para sempre a Cristo, sofrendo neste mundo por Seu amor.
            Espírito Santo, concedei-me o dom do entendimento, para que, iluminado pela luz celeste da vossa graça, bem entenda as sublimes verdades da salvação e da doutrina da santa religião.
            Espírito Santo, concedei-me o dom do conselho, tão necessário nos melindrosos passos da vida, para que escolha sempre aquilo que mais vos seja do agrado, siga em tudo vossa divina graça e saiba socorrer meu próximo com bons conselhos.
            Espírito Santo, concedei-me o dom da fortaleza, para que despreze todo respeito humano, fuja do pecado, pratique a virtude com santo fervor e afronte com paciência, e mesmo com alegria do espírito, o desprezo, o prejuízo, as perseguições e a própria morte, antes de renegar por palavras e obras a Cristo.
            Espírito Santo, concedei-me o dom da ciência, para que conheça cada vez mais minha própria miséria e fraqueza, a beleza da virtude e o valor inestimável da alma e para que sempre veja claramente as ciladas do demônio, da carne, do mundo, a fim de as evitar.
            Espírito Santo, concedei-me o dom da piedade, que me tornará delicioso o trato e colóquio Convosco na oração e me fará amar a Deus com íntimo amor como a meu Pai, Maria Santíssima e a todos os homens como a meus irmãos em Jesus Cristo.
            Espírito Santo, concedei-me o dom do temor de Deus, para que eu me lembre sempre, com suma reverência e profundo respeito, da vossa divina presença, trema como os anjos diante da vossa divina majestade e nada receie tanto como desagradar vossos santos olhos!
            Vinde, Espírito Santo, ficai comigo e derramai sobre mim vossas divinas bênçãos. Em nome de Jesus.  Amém.

Dom do Discernimento dos Espíritos


Dom do Discernimento dos Espíritos
 
1 – o que é o Discernimento dos Espíritos?

O Discernimento é uma habilidade ou capacidade dada por Deus de se reconhecer a identidade (e muitas vezes, a personalidade e a condição) dos “espíritos” que estão por detrás de diferentes manifestações ou atividades. Este dom, essencial à Igreja, é geralmente concedido aos pastores do rebanho de Deus e aos que estão em posição de guardar e de guiar os Santos.
Como podemos ver na definição acima, esse dom de Deus nos ajuda, portanto, a perceber a origem de uma intuição, de um pensamento, a causa de um comportamento – especialmente quando este se nos apresenta de forma estranha. O discernimento, assim, é um dom “protetor da comunidade e protetor de todos os outros dons”.
Como dom do Espírito, não procede das capacidades simplesmente humanas, nem das deduções científicas que possamos ter adquirido. “O discernimento é intuição pela qual sabemos o que é, verdadeiramente, do Espírito Santo”.
O discernimento, ainda pode ser visto como uma espécie de visão ou sensibilidade; é uma revelação espiritual da operação de diferentes tipos de espíritos numa pessoa ou numa situação; é o meio pelo qual Deus faz os cristãos tomarem consciência do que está acontecendo.
Após todas estas definições, podemos nos perguntar: Qual o benefício esse dom nos traz, ao ser usado de forma adequada? Como usar esse dom?Como foi usado por pessoas, quando viveram em situações complexas em suas vidas? Como proceder a partir da orientação certa, segura que o discernimento lhes deu?

2 – O uso do dom do Discernimento

O Carisma em estudo, nos permite agir de forma correta em um fato ou situação que temos em mãos, no momento. Nos permite identificar a causa dessa situação especial, podendo, assim, nos levar à raiz, ao princípio que a move, que a origina, encaminhando a situação acertada e feliz.
O uso do dom nos ajuda, portanto, a conhecer o espírito, isto é, o princípio animador (anima = o que anima, move, movimenta etc). Com ele (dom), podemos chegar, com facilidade, á origem de uma inspiração e confirmar de onde esta pode vir:
- se provém de Deus (ou de Deus por meio de Seus anjos, os Seus mensageiros);
- se origina da mente humana (a qual pode estar sã, doentia, desequilibrada ou alterada);
- se provém dos espíritos maus (do demônio ou de influências espirituais maléficas).
Para que o uso do dom de discernimento, seja utilizado com cada vez mais eficiência e eficácia e como é um dom do Espírito, deve ser usado à luz da oração (especialmente aoração em línguas, que facilita a nossa mente a perceber a orientação de Deus), com sabedoria (dom, como dissemos, que acompanha o uso de todos os outros dons espirituais), com jejum e em comunhão constante com o Senhor.
O discernimento ajuda-nos, ainda, a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, e orienta nossas vidas na fé e doutrina de Jesus Cristo.

3 – Jesus e o Discernimento

Jesus se deixou guiar pelo discernimento em diversas situações de Sua vida pública e em Seu ministério e ao passo que tais situações aconteciam, ensinava aos Seus discípulos a também se deixarem guiar pelo discernimento. Veja alguns exemplos em que Jesus utiliza do discernimento:
Quando Seus oponentes (os escribas) atribuíam à Sua ação a presença de um espírito imundo, afirmando q Ele agia por belzebu, expelindo os demônios, Jesus não ia deixar essa afirmação passar assim no barato, e não deixou mesmo!!! E concluiu com um belo discernimento doutrinal, que eles mesmos não tinham percebido. Ele diz: “Como pode Satanás expulsar a Satanás? Pois, se um reino estiver dividido contra si mesmo, não pode durar” e acrescentou “Mas, se é pelo Espírito de Deus que expulso os demônios, então chegou para vós o reino de Deus”. 

Na discussão sobre o cego de nascença, relatada em Jo 9,1ss, Jesus não culpa ninguém pela cegueira, mas discerne como ocasião da manifestação da glória de Deus e o cura.
Nas tentações do deserto, Jesus soube discernir como poderia vencer o maligno, lançando mão do discernimento doutrinal da Palavra de Deus.
É vendo esses exemplos na vida de Jesus – e temos muitos outros -, que os apóstolos e nós vamos aprendendo a usar o dom do discernimento, que nos auxilia nas decisões práticas, nas atitudes concretas que podemos seguir.
Tendo os Apóstolos, vivido ao lado de Jesus por tantos momentos em que Ele usou de discernimento e após o Pentecostes, também eles passaram a utilizar frequentemente o dom. Esta é uma atitude que devemos ter em todos os momentos de nossas vidas, devemos pedir incessantemente pelo dom do discernimento, precisamos praticar o dom do discernimento e assim veremos que muitas situações de nossas vidas serão simples e práticas de se resolver.

4 – A natureza do discernimento

Aponta-se diversas naturezas e tipos de Discernimento que são identificados da seguinte forma:
- O discernimento comum ou bom-senso: este tipo é uma fonte de verdade, por ele podemos chegar a importantes conclusões, com base no que a nossa natureza nos faz intuir. O senso comum é uma fonte de informação de como devem os nos comportar, pensar ou agir de forma adequada. Exemplo: Quando vou a Igreja, sei o modo de me vestir. Não necessito da luz espiritual e interior para saber como me devo vestir e portar num ambiente religioso.
- O discernimento científico: é aquele que provém das conclusões científicas e plenamente certas. Quando estamos doentes, o médico nos auxilia, pelo conhecimento científico que já adquiriu, quer pela ciência que estudou e testou, quer por sua experiência no campo de sua atividade.
- O discernimento doutrinal: trata-se do discernimento que a Palavra de Deus, o magistério da Igreja (em seus documentos), já me oferecem. Por esse conhecimento e verdade, posso caminhar firme na fé, desviando-me do que não é correto segundo Deus e a Igreja.
Por esse discernimento, somos levados a distinguir a voz de Deus de outras vozes que nos queiram confundir.
- O discernimento, como carisma do Espírito Santo: esse carisma ajuda-nos a avaliar as coisas de Deus e deixar de lado as que não provém dEle. Auxiliados por esse dom, podemos emitir juízo sobre a natureza de nossos pensamentos, bem como as atitudes práticas, vendo se estas estão em conformidade com a vontade de Deus. Assim, posso discernir se algo é contrário a vontade de Deus e então evitar.
Até o zelo pelas coisas de Deus deve ser acompanhado pelo dom do discernimento, assim como afirma São Paulo ao falar dos Judeus e suplicar por sua salvação: “Eles têm um zelo por Deus, mas um zelo sem discernimento” . Se nosso zelo espiritual ou doutrinal com as coisas de Deus, não forem acompanhados de discernimento, muitas coisas poderá ser afirmada de forma inadequada ou falsificada.

Fonte: Os Carismas do Espírito Santo

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dom da Interpretação das Línguas


Hj vamos falar obre o dom da interpretação das línguas...fique atendo...

Dom da Interpretação das Línguas

         


 
Não é uma tradução. Quando uma profecia é proclamada em línguas, ou seja, com gemidos inefáveis, ininteligíveis, faz-se necessária a utilização do dom da Interpretação das Línguas, em que uma ou mais pessoas, respeitando-se a ordem, irá proclamar aquela mesma profecia em vernáculo, isto é, em linguagem inteligível, no idioma do grupo. É imprescindível que haja quem interprete uma profecia proclamada em línguas, sob pena de o povo não entender a mensagem divina a ele dirigida. Veja o que Paulo nos ensina acerca da Interpretação das Línguas em I Cor. 14, 13. 27-28.
O que é a interpretação de Línguas?
Se a oração em línguas edifica a pessoa, a fala em línguas deve receber interpretação, que é dom do Espírito Santo. A expressão falar em línguas sugere, então, uma mensagem que chega para a comunidade ou para uma pessoa no dom de línguas, e para que os ouvintes compreendam a mensagem, esta precisa ser interpretada. Se na assembléia não tiver ninguém que a interprete, então, o transmissor da mensagem deve silenciar-se.
O dom da interpretação de línguas não é um dom de tradução. Trata-se de uma moção, uma unção do Espírito Santo para se tornar compreensível aos membros da comunidade aquela mensagem do Senhor que chega pelo dom de Línguas.
A interpretação como um dom permanente
Assim, orar em línguas é um dom permanente, podendo-se dispor dele a qualquer momento para a edificação pessoal; e o falar, emitir uma mensagem do Senhor em línguas pode ser considerado uma carisma transitório (temporário), usado em determinados momentos; contudo, são sempre dons de Deus e carismas diferentes. Estes carismas podem se manifestar em qualquer membro da comunidade, segundo a vontade de Deus com a unção do Espírito Santo para que suas mensagens sejam passadas ao seu povo.
Na fala em Línguas, Deus pode nos dar uma Revelação, Profecia ou Palavra de Ciência, Doutrina, ou discurso em línguas. E nesses casos deverá ter interpretação. Quando se FALA em línguas, se pressupõe dom de línguas e o da interpretação, para que assim, se torne conhecido o pensamento do Senhor. Paulo diz: “Se não houver intérprete, fiquem calados na reunião” (v.28), por isso se indica que esse dom pode ser considerado permanente.
Como a interpretação se manifesta
A interpretação consiste “numa inspiração especial do Espírito Santo pela qual o agraciado é capacitado a dar sentido a uma mensagem vaga; este dom diz respeito ao conteúdo espiritual de uma mensagem; e quando uma mensagem em línguas recebe uma interpretação”.
Este dom se manifesta na mente da pessoa que recebe o significado da mensagem, e esta é movida a repassar com palavras inteligíveis a todos os presentes a mensagem que vem do Senhor. A mensagem em línguas pode ser curta ou longa, porém a interpretação dever ser concisa e clara, para que todos entendam. O Senhor não envia uma mensagem em partes, portanto, a interpretação deve trazer a mensagem em sua totalidade e não dividida em partes. Mais de uma pessoa pode receber a mesma interpretação de uma mensagem, nesse caso o comportamento deve ser o mesmo do utilizado nas profecias e dizer: Eu confirmo!
Há unção para a interpretação?
Sim, assim como há unção nas profecias e nas mensagens em línguas, vemos também, que há na interpretação. Podemos dizer que esta unção é uma espécie de um impulso para a interpretação, e quanto mais o intérprete se habitua a essa unção, mais fácil ficará de identificar o modo como o Senhor dita as palavras.
A interpretação deve ser correta e não contradizer as Escrituras, o magistério da Igreja ou o sesus fidei do povo de Deus. Caso contrário, a interpretação deve ser interrompida. O intérprete, ao proclamar uma mensagem, deve iniciar da seguinte forma: Eis o que o Senhor diz! Pois é em nome do Senhor que ele proclama a mensagem e não por si próprio.
Todo carisma, como o da interpretação, visa a edificação da Igreja; para isso deve ser pedido com humildade, abrindo-se sempre mais a ação do Senhor.  
Fonte: Os carismas do Espírito Santo

Recadinhos

AMIGOS HOJE NAO TEREMOS GRUPO DE ORAÇAO
POR VIRTUDE DO TRIDO DE SAO CRISTOVAO
E TODOS ESTAO CONVIDADOS PRA ESTAR LÁ NESSES TRES 
DIAS DE TRIDO!!! SÃO CRISTOVÃO ROGAI POR NÓS!!!


E LEMBRANDO QUE SABADO TERA A MISSA DO PADROEIRO AS 14:00 hs E DEPOIS TEREMOS A BENÇÃO DOS VEICULOS E A NOITE A QUERMESSE QUE TA MUITO BOA


AMANHÃ ( QUINTA-FERIA) O NOSSO NÚCLEO SERÁ NA CASA DA TIA LEONEIDE, NO MESMO HORÁRIO.

25 de julho -dia de São Cristovão


25 DE JULHO
DIA DE SÃO CRISTÓVÃO







                         (Padroeiro dos motoristas, dos viajantes e dos taxistas)

                "Cristóvão" significa "aquele que carrega Cristo". São Cristóvão, protetor dos viajantes e dos motoristas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria. São Cristóvão é, também o padroeiro dos taxistas!

De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um gigante materialista com manias de grandeza. Supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo, Cristóvão servia, sem saber, ao satanás, dentro da presteza; porém, o gigante vivia triste, mal-humorado e imundo!

Através de um ermitão, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor; Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e garra, transformando-a em sua lei.

No rio, passou a baldear as pessoas, vadeando-as com louvor. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: "É possível tu me transportar para a outra margem do rio?"
Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Cristóvão, o menino lhe falou: "Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves...



                                                           ORAÇÃO DE SÃO CRISTÓVÃO

Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança, porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e segurança no guidão do meu carro e enfrentarei corajosamente todas as correntezas que eu encontrar, venham elas dos homens ou do espírito infernal.
São Cristóvão, rogai por nós.


                                                             ORAÇÃO DO MOTORISTA


Ó Senhor, por intercessão de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, dai-nos firmeza e vigilância nos muitos caminhos da vida em busca de trabalho, lazer, felicidade e realização. Todos somos caminhantes nas estradas deste mundo, acompanhai-nos constantemente para chegarmos ao destino sem acidentes e contratempos.
Protegei, ó Senhor, os motoristas que conduzem os modernos meios de transportes. Que eles possam ser guiados por vosso Espírito, e assim ajam com sabedoria e respeitem as leis de trânsito.
Protegei, ó Senhor, aqueles que caminham conosco e ajudai-nos a respeitar a todos, pedestres e transeuntes, agindo sempre com prudência.
Protegei, ó Senhor, os jovens que dirigem e dai-lhes um coração sempre voltado à vida. Que possam descobrir vossa presença viva no mundo e respeitem a todos. Que cresçam sempre guiados pelo vosso Espírito para que sejam os protagonistas da nova sociedade do terceiro milênio.
Confortai, ó Senhor, as famílias que perderam as pessoas queridas, vítimas do cruel trânsito brasileiro. Dai-lhes a esperança necessária para viverem em vossa presença sem condenação ou rancor.
Que possamos, Senhor, descobrir vossa presença na natureza e um tudo o que nos rodeia, amando assim cada vez mais a vida.

Amém!

terça-feira, 24 de julho de 2012

DOM DE LINGUAS

Começaremos pelo DOM DE LINGUAS

Dom de Línguas

           O primeiro dom que se manifestou foi o de línguas. Em pentecostes, os discípulos, junto com Maria, ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a orar, a louvar, a cantar numa língua nova, a língua do Espírito. Alguns interpretaram o acontecimento e disseram: "Eles louvam a Deus, estão cantando as glórias de Deus, e nós estamos entendendo com o coração". Outros estavam ali como curiosos, brincando, zombando, dizendo que os discípulos estavam bêbados. Pedro explicou: "Não estamos bêbados; pelo contrário, está se cumprindo a profecia de Joel". O primeiro dom criou confusão.
           O que é o dom de línguas? Quando nós somos batizados no Espírito Santo, a primeira coisa da qual nos enchemos é de oração. E por que isso? Porque o Espírito Santo é a ligação entre o Pai e o Filho. A oração é a comunicação entre o Pai e o Filho; o Filho que fala ao Pai e o Pai que fala ao Filho. A beleza da intimidade que acontece dentro da Trindade é feita pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é oração.
           Além disso, Ele é a ligação entre Deus e nós. A oração que vai e a oração que volta.
           Quando somos introduzidos no Espírito Santo, saímos cheios de oração, porque o Espírito Santo é oração, uma oração de fogo, infalível.
           Nós damos o combustível, que é o nosso ar. Movemos nossas cordas vocais, movemos a boca, a língua, geramos sons; e o que acontece? O Espírito Santo ora, fala e canta em nós. Fornecemos a expressão palpável, mas quem dá o conteúdo, o fogo e a oração é o Espírito Santo.
           Você não imagina o valor dessa oração! Porque não somos nós orando simplesmente. É o Espírito Santo orando em nós!
           Que acontece no dom de línguas? Quem entra em ação não é a nossa inteligência. Movimentamos as cordas vocais, soltamos o ar, mexemos a língua, a boca, e produzimos som; mas o conteúdo vem do Espírito Santo. Da minha inteligência? Não! Da inteligência do Espírito Santo.
           S. Paulo explica isso na Epístola aos Romanos, 8,26:
           O que é o dom de línguas? Quando nós somos batizados no Espírito Santo, a primeira coisa da qual nos enchemos é de oração. E por que isso? Porque o Espírito Santo é a ligação entre o Pai e o Filho. A oração é a comunicação entre o Pai e o Filho; o Filho que fala ao Pai e o Pai que fala ao Filho. A beleza da intimidade que acontece dentro da Trindade é feita pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é oração.            Além disso, Ele é a ligação entre Deus e nós. A oração que vai e a oração que volta.            Quando somos introduzidos no Espírito Santo, saímos cheios de oração, porque o Espírito Santo é oração, uma oração de fogo, infalível.            Nós damos o combustível, que é o nosso ar. Movemos nossas cordas vocais, movemos a boca, a língua, geramos sons; e o que acontece? O Espírito Santo ora, fala e canta em nós. Fornecemos a expressão palpável, mas quem dá o conteúdo, o fogo e a oração é o Espírito Santo.            Você não imagina o valor dessa oração! Porque não somos nós orando simplesmente. É o Espírito Santo orando em nós!            Que acontece no dom de línguas? Quem entra em ação não é a nossa inteligência. Movimentamos as cordas vocais, soltamos o ar, mexemos a língua, a boca, e produzimos som; mas o conteúdo vem do Espírito Santo. Da minha inteligência? Não! Da inteligência do Espírito Santo.            S. Paulo explica isso na Epístola aos Romanos, 8,26:            O que é o dom de línguas? Quando nós somos batizados no Espírito Santo, a primeira coisa da qual nos enchemos é de oração. E por que isso? Porque o Espírito Santo é a ligação entre o Pai e o Filho. A oração é a comunicação entre o Pai e o Filho; o Filho que fala ao Pai e o Pai que fala ao Filho. A beleza da intimidade que acontece dentro da Trindade é feita pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é oração.            Além disso, Ele é a ligação entre Deus e nós. A oração que vai e a oração que volta.            Quando somos introduzidos no Espírito Santo, saímos cheios de oração, porque o Espírito Santo é oração, uma oração de fogo, infalível.            Nós damos o combustível, que é o nosso ar. Movemos nossas cordas vocais, movemos a boca, a língua, geramos sons; e o que acontece? O Espírito Santo ora, fala e canta em nós. Fornecemos a expressão palpável, mas quem dá o conteúdo, o fogo e a oração é o Espírito Santo.            Você não imagina o valor dessa oração! Porque não somos nós orando simplesmente. É o Espírito Santo orando em nós!            Que acontece no dom de línguas? Quem entra em ação não é a nossa inteligência. Movimentamos as cordas vocais, soltamos o ar, mexemos a língua, a boca, e produzimos som; mas o conteúdo vem do Espírito Santo. Da minha inteligência? Não! Da inteligência do Espírito Santo.            S. Paulo explica isso na Epístola aos Romanos, 8,26:            O que é o dom de línguas? Quando nós somos batizados no Espírito Santo, a primeira coisa da qual nos enchemos é de oração. E por que isso? Porque o Espírito Santo é a ligação entre o Pai e o Filho. A oração é a comunicação entre o Pai e o Filho; o Filho que fala ao Pai e o Pai que fala ao Filho. A beleza da intimidade que acontece dentro da Trindade é feita pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é oração.            Além disso, Ele é a ligação entre Deus e nós. A oração que vai e a oração que volta.            Quando somos introduzidos no Espírito Santo, saímos cheios de oração, porque o Espírito Santo é oração, uma oração de fogo, infalível.            Nós damos o combustível, que é o nosso ar. Movemos nossas cordas vocais, movemos a boca, a língua, geramos sons; e o que acontece? O Espírito Santo ora, fala e canta em nós. Fornecemos a expressão palpável, mas quem dá o conteúdo, o fogo e a oração é o Espírito Santo.            Você não imagina o valor dessa oração! Porque não somos nós orando simplesmente. É o Espírito Santo orando em nós!            Que acontece no dom de línguas? Quem entra em ação não é a nossa inteligência. Movimentamos as cordas vocais, soltamos o ar, mexemos a língua, a boca, e produzimos som; mas o conteúdo vem do Espírito Santo. Da minha inteligência? Não! Da inteligência do Espírito Santo.


           S. Paulo explica isso na Epístola aos Romanos, 8,26:


"Do mesmo modo, também o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza, pois não sabemos rezar como convém; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis".

           Essa explicação é bem simples: "gemidos inexprimíveis", quer dizer: gemidos que não podem ser entendidos, a não ser quando Deus dá a interpretação.            Quando ora por seu filho ou sua filha, você sabe exatamente do que eles precisam? Não. É por isso que o Espírito Santo vem em nosso auxílio: porque não sabemos o que pedir, nem sabemos orar como convém. Ele mesmo intercede por nós e em nosso favor, com gemidos inexprimíveis.            Daí as maravilhas acontecem, porque é o Espírito Santo orando dentro de nós, por nós. S. Paulo continua:


"E aquele que perscruta os corações sabe qual é a intenção do Espírito: com efeito, é segundo Deus que o Espírito intercede pelos santos". (Rm 8,27).

           Quem é aquele que perscruta os corações e que sabe o que o Espírito deseja? É o Pai, é Deus, é Jesus. Esse que perscruta os corações, que olha bem dentro do coração, sabe o que o Espírito Santo está pedindo. Aquele que perscruta os corações sabe o que o Espírito deseja, ao interceder pelos santos.            Duas coisas acontecem: primeiro, o Espírito Santo conhece muito bem as nossas necessidades e as apresenta ao Pai. Por outro lado, esse Espírito Santo pede ao Pai, pede a Jesus, de acordo com a vontade do Senhor, que intercede pelos santos. Ele não pede coisas erradas. Muitas vezes, pedimos coisas que não são para o nosso bem; podemos até pedir algo errado, ou até de maneira errada. O Espírito Santo, não.            Quando você ora no Espírito, Ele está pedindo primeiro de acordo com a necessidade; depois, de acordo com aquilo que Deus sabe, com aquilo que Deus quer e sabe ser o melhor. Portanto, a oração em línguas é infalível: daí seu valor. Com ela, você intercede primeiro por si mesmo: louva, agradece, bendiz, mesmo sem estar entendendo o que fala.            O problema é que a oração em línguas nos humilha, faz com que nos ajoelhemos, toquemos com nossa cabeça o chão. Somos orgulhosos, vaidosos, auto-suficientes; queremos fazer tudo de acordo com nossa vontade.            Na oração em línguas, o Senhor nos humilha e nos diz: "Ponha-se de lado, porque agora eu vou agir. Não me atrapalhe mais". E o Senhor entra em ação, por meio do Espírito. Quando oramos em línguas, não temos o gozo dos sentidos, da nossa sensibilidade, da nossa inteligência.            No início, quando começamos a orar em línguas, a oração se torna uma satisfação e uma vaidade. Mas depois, quando passamos a orar todos os dias, o dom de línguas se torna algo muito simples.            Muita gente não ora em línguas porque tem medo, porque acha que orar em línguas é entrar em transe. E não é nada disso: entrar em transe não é orar no Espírito. Se há transe, já não se está mais em Deus.            Outros não oram em línguas por achar que quem ora não faz nada. Mas essa forma de oração é um dom de falar em línguas, e o falar cabe a mim. A pessoa faz tudo: respira, move as cordas vocais, os lábios, a língua, e solta o som. Algumas pessoas gostariam que o Espírito Santo fizesse tudo, inclusive falar; mas isso cabe a nós. Pedro estava na barca quando Jesus o chamou; e ele deu o primeiro passo em direção a Jesus, o passo da fé.            No dom de línguas, você solta os sons, e o Espírito Santo dá o conteúdo. Esta é a sua parte. Por isso, a melhor maneira de orar em línguas é soltar-se no meio dos outros. Se há um grupo orando em línguas, faça o mesmo. Não é assim que o passarinho aprende a voar? Não é assim que aprendemos a nadar? Alguns aprendem assim. E que bom quando aprendemos "no susto": a inteligência não atrapalha.            Há muito tempo, peço a Deus que conceda às pessoas a efusão do Espírito Santo. De que forma? Convido a pessoa a orar comigo, da mesma maneira como estou orando. Começo a orar, e a pessoa me acompanha. Não se pode imitar. Cada um deve se soltar, a fim de deixar que o Espírito Santo ore em si. É algo muito fácil e simples.            É por meio da oração em línguas que nos aproximamos de Deus, e a transformação começa a ocorrer em nossos corações, em nossa vida, na vida daqueles a quem amamos. É pelos dons do Espírito e por seus frutos que o mundo começa a ser renovado.            Não há por que combater o dom de falar em línguas; não há por que pôr em dúvida - como o fazem muitos católicos, muitos padres e religiosas - esse dom, dizendo: "Para que isso de orar em línguas se ninguém entende nada?" Não é mesmo para os homens entenderem. A Palavra é clara: é para falar a Deus. E falar a Deus é orar.


"Aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o compreende: movido pela inspiração enuncia coisas misteriosas" (1Cor 14,2).

           O homem é corpo, alma e espírito, três coisas distintas umas das outras. Corpo é corpo. Alma são as nossas faculdades interiores - pensamentos, sentimentos, emoções -, e o nosso espírito é algo mais; é a própria vida de Deus em nós; é a vida divina nos fazendo participantes da natureza do Senhor. Assim como nossa alma se manifesta aos outros por meio de nosso corpo - falando, gesticulando, escrevendo -, minha alma, igualmente, se manifesta a Deus por meio do meu espírito. Porque nós estamos mergulhados no Espírito, Ele fecunda, inspira o nosso espírito, e o nosso espírito pode falar com o Senhor. Então, dos nossos lábios brotam sons; não da inteligência, mas do Espírito. E nem nós os entendemos.            Pensamos que só os grandes santos podem ter dom de línguas, quando ocorre justamente o contrário: esse dom é para aqueles que estão por baixo, que não sabem orar e por isso precisam do auxílio do Espírito. É o dom dos iniciantes, daqueles que começam vida no Espírito. Por isso, vemos que o primeiro dom que se manifestou no Novo Testamento é o dom de línguas: os apóstolos recebem o Espírito Santo e começam a orar em línguas, como, por exemplo, nas comunidades de Éfeso e de Jerusalém.            Assim como a chuva, as graças não caem à toa. O Senhor dispôs assim: que o céu seja atingido por nossas orações e então caiam as graças, as bênçãos. E que tristeza uma humanidade sem a graça de Deus! É como as terras que ficam anos sem chuva. O Senhor quer fazer chover do céu graças e bênçãos sobre toda a humanidade, e por isso nos dá, a nós cristãos, a possibilidade de orar no Espírito. Somos apenas as vitrolas, os alto-falantes para que o Espírito ore em nós; emprestamos ao Senhor nossa garganta, nossas cordas vocais, nossa língua, nossa boca, para clamar os sons de louvor ao Senhor; os sons de súplica, de intercessão, em que o Espírito está intercedendo por nós, pelos outros, pela Igreja.            Pensa-se que no dom de línguas a pessoa está num êxtase tão alto que não vê mais nada, e começam a sair uns sons de sua boca que ela nem sabe que está emitindo. Não é isso. Não é êxtase nenhum. A pessoa está bem consciente de tudo; ela começa a falar quando quer e pára também quando quer. Outros, ainda, pensam até que a pessoa não quer falar; que ela segura a boca, fecha os lábios, mas "coisas estranhas" acabam sendo ditas. Alguns têm até medo: "Puxa, e se eu estou trabalhando e começo a falar assim, o que os outros vão dizer de mim?" Não, isso não vai acontecer.

           Temos de ceder ao dom. Se Deus nos tivesse dado o dom de chutar sempre certo, sempre no gol, precisaríamos chutar; ainda que fôssemos pernas-de-pau, precisaríamos fazê-lo, porque na hora do chute o Senhor nos daria a graça de acertar - o que não aconteceria, é claro, se não chutássemos. Igualmente, se você não falar, o Senhor não lhe dará o dom. Assim é que começa o dom de línguas; a pessoa começa a soltar os sons, e então o Espírito Santo que está em nós dá o sentido, o conteúdo daquilo.            Porque muitos não conseguem receber? Porque não sabem disso. Mas Deus quer essa graça para todos.            Todos os seus precisam, todos os grupos precisam, e podem orar em línguas! A oração em línguas não é feita somente para orar em grupo. É principalmente para orar sozinho. Em grupo é muito bom, mas podemos e devemos orar em línguas quando estamos a sós, pois é o que há de mais lindo, é o primeiro de todos os dons.            Você não pode falar palavras em português e em línguas ao mesmo tempo: ou você pára de falar em português e começa a soltar os sons que vêm aos seus lábios - embora não entenda o que está dizendo -, ou nunca vai orar em línguas.            Muita gente vê esse dom como uma coisa grandiosa e quando começa se decepciona: "É só isso?".            É, é o dom das crianças que vai se desenvolvendo dentro de você. É um dom que humilha, confunde nossa inteligência, porque oramos sem nem sequer entender o que dizemos. Ele nos dá a certeza de que não somos nada, pondo-nos em nosso lugar, em verdadeira humildade. É por isso que o Senhor quer que esse dom seja o primeiro. Pode acontecer, é claro, de o Senhor nos usar em outros dons e nós ainda não termos orado em línguas, mas na ordem normal ele é o primeiro dom, e também o menor.            O dom de línguas é o dom dos nenês. Damos mamadeira ao nenê para ele crescer forte e robusto. Da mesma maneira, o Senhor nos dá o dom de línguas para crescermos fortes e robustos na vida do Espírito. E, como precisamos sempre ser alimentados e construídos, temos necessidade de oração em línguas a vida inteira.


 
                   "Desejo que todos vós faleis em línguas,                              mais prefiro que profetizeis. Aquele que profetiza é superior ao que fala em línguas, a menos que este dê a interpretação, para que a assembléia seja edificada" (1Cor 14,5). 

           Paulo não é contra o dom de línguas, mas por outro lado não quer que foquemos eternamente na infância espiritual; ele quer que comecemos falando em línguas e depois cheguemos também a profetizar. 

                     Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC à CNBB

Dom Alberto Taveira fala da oração em línguas, repouso no Espírito e inspirações particulares
Em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sou o Assistente Espiritual do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica, um dos mais significativos Movimentos Eclesiais existentes em nosso tempo. Algumas interrogações me foram feitas por Dom Rafael Llano Cifuentes, Bispo de Nova Friburgo-RJ, proporcionando-me levar ao Conselho Permanente da CNBB alguns esclarecimentos, que podem servir a tantos irmãos e irmãos da RCC ou que desejam conhecê-la mais de perto. Eis o texto escrito que apresentei à 58ª Reunião do Conselho Permanente da CNBB:
Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC
Foi-me pedido para fazer uma breve comunicação a respeito de alguns pontos sobre a Renovação Carismática Católica. Escolhi dois caminhos, sendo o primeiro uma consulta feita aos coordenadores nacionais da RCC, aos quais encaminhei as perguntas feitas, com respostas que me foram apresentadas por Reinaldo Beserra, do Escritório Nacional da RCC e membro do Conselho Internacional da RCC – (ICCRS). Tais respostas correspondem e são plenamente assumidas por mim, por corresponderem ao que penso e às orientações que costumo oferecer à RCC. Em seguida, desejo apresentar algumas propostas.
I – Esclarecimentos solicitados pelo CONSEP, a pedido de Dom Rafael:
1. "Benefícios" da oração em línguas: Os carismas, sejam extraordinários ou humildes, são graças do Espírito Santo que têm, direta ou indiretamente, uma utilidade eclesial, ordenados como são à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo. Carismas são "manifestações do Espírito para proveito comum". São dons úteis, instrumentos de ação, para servir à comunidade.
Conceituação:
a) "É um dom de oração cujo valor, enquanto 'linguagem de louvor', não depende do fato de que um lingüista possa ou não identificá-lo como linguagem no sentido corrente do termo". É uma linguagem a-conceitual, que se "assemelha" às línguas conceituais. Não supõe absolutamente um estado de "transe" para praticá-la, não corresponde a um estado "extático", e nem a uma exagerada emoção, permanecendo aquele que a pratica no total domínio de si mesmo e de suas emoções, pois o Espírito Santo jamais se apossa de alguém de modo a anular-lhe a personalidade.
b) É um dom que leva os fiéis a glorificar a Deus em uma linguagem não convencional, inspirada pelo Espírito Santo. É uma forma de louvar a Deus e uma real maneira de se falar e se entreter com Ele. Quando o homem está de tal maneira repleto do amor de Deus que a própria língua e as demais formas comuns de se expressar se revelam como que insuficientes, dá plena liberdade à inspiração do Espírito, de modo a "falar uma língua" que só Deus entende.
2. O "falar em línguas", consignado nas Escrituras comporta três modalidades:
a) a oração em línguas, de caráter usualmente particular, pessoal, e que portanto não requer interpretação. Embora de caráter pessoal, ela pode ser exercitada também de modo coletivo, o que acontece nas assembléias onde todos exercem o "dom particular de orar em línguas", ao mesmo tempo; obviamente, não supõe interpretação. No entanto, Deus – que ouve a oração que milhares de fiéis lhe dirigem concomitantemente de todos os cantos da Terra – por certo entende. Vale a intenção que está em nosso coração.
b) Essa oração também pode ser expressa em modalidade de canto, uma oração com uma melodia que não foi pré-estabelecida. Também essa modalidade não requer interpretação. A diferença em relação à modalidade anterior, é que aqui se trata de orar em línguas, mas num ritmo não falado, de expressão e cadência musical, de notas que se sucedem improvisadamente, numa modulação lírica com que se celebra as maravilhas de Deus. São cânticos que brotam geralmente nos momentos de louvor e adoração da assembléia, do grupo de oração, e que pouco tem em comum com os cânticos eclesiásticos tradicionais, ou também com os cantos de "composição artística". Santo Agostinho, comentando as palavras do Salmo "Cantai ao Senhor um Cântico novo", adverte que o cântico novo não é coisa "de homens velhos". "Aprendem-no os homens novos, renovados da velhice por meio da graça, pertencentes ao Novo Testamento, que já é o Reino dos Céus. Por ele manifestamos todo o nosso amor e lhe cantamos um canto novo. Quando podes oferecer-lhe tamanha competência que não desagrade a ouvidos tão apurados?... Não busques palavras, como se pudesses dar forma a um canto que agrade a Deus. Canta com júbilo! Que significa cantar com júbilo? Entender sem poder explicar com palavras o que se canta com o coração. Se não podes dizer com tuas palavras, tampouco podes calar-te. Então, resta-te cantar com júbilo, se modo que te entregues a uma alegria sem palavras e a alegria se dilate no júbilo" .
c) Uma terceira modalidade do dom das línguas é aquela de uso essencialmente público, que quando é acompanhado do seu complemento, o dom da interpretação, tem como seu propósito a edificação dos fiéis e a convicção dos descrentes. Aqui o falar em línguas não assume o caráter de oração, mas de uma mensagem em línguas, dirigida à assembléia e não a Deus, como é o caso da oração, e que portanto requer o exercício do outro dom apontado por Paulo, o dom da interpretação. O Espírito dá a alguém a inspiração de "falar em línguas" em alta voz. Suas palavras contém uma mensagem espiritual para um ou mais ouvintes. A mensagem permanece incompreensível, enquanto não for interpretada. A mensagem interpretada assume, regularmente, as características de uma profecia carismática, que, segundo S. Paulo, edifica, exorta e consola a assembléia. Autores há que, em vista de maior clareza, dão outro nome a esta forma de falar em línguas. Chamam-na de "mensagem em línguas", ou ainda de "profecia em línguas". Em oposição ao "falar em línguas" durante a oração, este dom não está livremente à disposição da pessoa. Exige-se uma inspiração peculiar. Muitas vezes, ela está acompanhada de outra inspiração, a saber, num dos ouvintes que então "interpreta" a mensagem e a traduz em linguagem comum, para a comunidade. O dom de "falar mensagem em línguas" é um dom transitório manifestado vez ou outra nas reuniões de oração; e o Senhor pode servir-se ora deste, ora daquele, enquanto que o dom da interpretação geralmente é considerado permanente; é dom que pode ser pedido na oração.
3. Quando se deve orar em línguas? Só em atos próprios da RCC? Na TV para todos? Pode ser utilizada durante a Santa Missa, como parece ter acontecido na Oração dos fiéis nas missas de TV?
a) Sendo um dom do Espírito e um dom de oração, ele deveria ser permitido onde sempre é permitido orar. Nos atos próprios da RCC, o Documento 53, n. 25 da CNBB, já o levou em consideração.
b) Se a TV está transmitindo um ato próprio da RCC, não é possível "encenar" um comportamento que anule a identidade do Movimento. O exercício do carisma de orar em línguas é parte constitutiva da RCC. De nossa parte – os "carismáticos" – não temos de que nos envergonhar dessa prática, e nem temos nada a esconder. Somos assim. nossos Grupos de Oração estão sempre com as portas abertas, e qualquer um pode conferir lá o que somos e o que praticamos.
c) Na Santa Missa: Se são missas celebradas em atos específicos da RCC, parece-nos que sim, desde que se exercite essa oração nos momentos ditados pelo bom senso e pela orientação do celebrante, de modo respeitoso, profundamente oracional, não exibitório, especialmente como glorificação a Deus, como expressão de contrição, como petição, e como ação de graças.
d) A RCC tem clara consciência de que a Igreja, durante muito tempo, não se abriu à essa forma de se exercitar os carismas. Por isso ela sabe que, esse reavivamento de perfil pentecostal que se colocou em marcha no último século – especialmente a partir de Helena Guerra, que motivou Leão XIII a escrever uma Encíclica sobre o Espírito Santo, passando por João XXIII, que pediu um novo Pentecostes para a Igreja e a "renovação dos sinais e prodígios da aurora da Igreja", bem como pelo Concílio Vaticano II, onde Deus, providencialmente, lançou as bases e os fundamentos que tornaram possível o surgimento e a fundamentação do Movimento Pentecostal Católico, até João Paulo II, com sua Dominum et Vivificantem, e a inspirada exortação pronunciada na celebração de Pentecostes de 29 de maio de 2004, que dizia: "Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja como um impulso renovado de oração, santidade, comunhão e anúncio. [...] Abram-se com docilidade aos dons do Espírito Santo! Recebam com gratidão e obediência os carismas que o Espírito não cessa de oferecer!" – precisa ser acolhido com abertura de espírito e destemor, mas também com bom senso, com humildade, com respeito pelas diferentes opções de engajamento na pastoral orgânica da Igreja, em absoluta adesão à doutrina da Igreja Católica, não escandalizando por falta de decoro litúrgico ou religioso, dentro da ordem, mas também não deixando de ser fiel à vocação que Deus nos faz, de, nesses tempos, contribuir para "revelar à Igreja aquilo que já lhe é próprio: sua dimensão carismática".
e) No rito do Sacramento da Crisma, ao final da Oração dos fiéis, o Bispo reza: "Ó Deus, que destes o Espírito Santo a vossos apóstolos e quisestes que eles e seus sucessores o transmitissem aos outros fiéis, ouvi com bondade a nossa oração e derramai nos corações de vossos filhos e filhas os dons que distribuístes outrora no início da pregação apostólica".
f) É de se esperar que, recebendo tais dons, possamos exercitá-los, pois "da aceitação desses carismas, mesmo dos mais simples, nasce em favor de cada um dos fiéis o direito e o dever de exercê-los para o bem dos homens e a edificação da Igreja e do mundo, na liberdade do Espírito Santo, que 'sopra onde quer' e ao mesmo tempo na comunhão com os irmãos em Cristo, sobretudo com seus pastores, a quem cabe julgar sobre a autenticidade e o uso dos carismas dentro da ordem, não por certo para extinguirem o Espírito, mas para provarem tudo e reterem o que é bom".
g) "Na lógica da originária doação donde derivam, os dons do Espírito Santo exigem que todos aqueles que os receberam os exerçam para o crescimento de toda a Igreja, como no-lo recorda o Concílio".