sábado, 28 de abril de 2012

10º dia da Formação:"Senhor, ensina-nos a orar"



Obstáculos à oração eficaz

Quando alguém se aproxima de seu chefe com um pedido especial, talvez de um aumento, tenta ser cuidadoso, para não fazer qualquer coisa que possa impedir uma resposta favorável. É mais provável que ele faça um pedido se sentir que vem fazendo bem seu trabalho. Também, ele tenderia a ser cuidadoso com sua atitude, sabendo que o chefe poderia perceber uma atitude insincera ou hipócrita.
Quando nos apresentarmos a nosso Pai celestial em oração, devemos esforçar-nos muito mais para remover qualquer obstáculo que possa evitar que nossos pedidos sejam ouvidos por Deus. Jesus ensina a importância de se aproximar de Deus com sinceridade em Mateus 6:5: "E, quando orardes, não sereis como os hipócritas...." A palavra hipocrisia, originalmente, se referia à representação dos atores gregos e romanos. Os fariseus estavam quase representando em público para receber o louvor dos homens, ignorando o fato que o motivo de suas orações deveria ter sido adorar a Deus. Cada pessoa precisa perguntar-se: a quem ela busca agradar quando ora, o povo que a ouve ou Deus?
Há vários exemplos de longas orações na Bíblia que foram agradáveis a Deus (orações de Davi e de outros), mas as orações longas e palavrosas dos fariseus não impressionavam Cristo, por causa de seus motivos egoístas. Jesus condenou suas tentativas para impressionar os homens, em Marcos 12:40: "...e, para o justificar, fazem longas orações...." Suas orações não eram expressões do coração com a intenção de agradar a Deus; antes, eles queriam aparecer proeminentemente religiosos. Eles disfarçavam seus verdadeiros motivos com suas demonstrações públicas de devoção, mas Jesus conhecia seus corações.
Jesus ensinou que não é somente importante quanto oramos, mas também o que realmente dizemos e o que pretendemos quando oramos. Ele condenou o uso de repetições vãs em Mateus 6:7. Ali, Jesus se refere aos pagãos, que tinham o costume de repetir algumas frases sem sentido muitas vezes na sua adoração. Os cristãos deveriam se concentrar no que estão dizendo a Deus, uma vez que eles estão se comunicando com seu Criador e Senhor. Certamente pesaríamos cuidadosamente o que diríamos se estivéssemos nos dirigindo ao presidente da companhia onde trabalhamos, ou se estivéssemos falando com outra pessoa muito importante. Por todo o mundo, o modelo da oração de Jesus em Mateus 6 é decorada e repetida mecanicamente mas, ironicamente, no mesmo contexto, Jesus critica esta prática de vãs repetições.
Além do próprio ato de orar, há outros modos pelos quais podemos prejudicar nossa comunicação com Deus. Mesmo que oremos freqüentemente, como devemos, nossa conduta pecaminosa pode fazer com que nossas orações fiquem sem resposta. Quando os israelitas persistiram no pecado, Isaías lhes disse que Deus não ouviria as orações deles:"Vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Isaías 59:1-2; também 1:15). O pecado resulta em inimizade com Deus e evita que ele considere uma petição favoravelmente. Se nos humilharmos, nos arrependermos e pedirmos o perdão de Deus em oração, podemos aproximar-nos dele com a expectativa de que ele ouvirá (2 Crônicas 7:14).
Não somente é necessário estar em paz com Deus, mas devemos também buscar estar em paz com nosso irmão, quando oramos. Jesus indicou a urgência de buscar a reconciliação com um irmão, quando ele ensinava, em Mateus 5:23-24, que a pessoa precisa primeiro ser reconciliada com seu irmão antes de fazer uma oferenda de adoração a Deus. Jesus ordenou a seus discípulos que estivessem em paz uns com os outros (Marcos 9:50).
Quando Deus considera nossos pedidos em oração, ele leva em conta como temos tratado os outros. Esta idéia é ensinada em Mateus 6:14-15, onde Jesus afirma que não seremos perdoados se não praticamos o perdão. Nossa má vontade em perdoa os outros é como o menino que pede o perdão de seu pai por estragar o carro da família, mas se recusa a perdoar seu irmão porque estragou a bicicleta dele. Deus tem-nos perdoado dívidas muito maiores do que jamais teremos oportunidade de perdoar em toda a vida. Podemos esperar que Deus responda a nossos apelos por ajuda do mesmo modo que mostrarmos piedade por aqueles que pedem nossa ajuda ou perdão (Provérbios 21:13)."Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai" (Lucas 6:36).
Se removermos os obstáculos a nossas orações, seremos capazes de nos aproximar de seu trono ousadamente, "a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna."

Reflita: Mateus 6,5-8
Ore  para qeu apredandmos a perdoar,para que nossa oração seja mais eficaz

sexta-feira, 27 de abril de 2012

9º dia de Formação:"Senhor, ensina-nos a orar"



Condições para uma oração eficaz: relações apropriadas

O valor de uma promessa é baseado no poder e fidelidade de quem promete. "Vos será feito" é a promessa feita em atenção a nossas orações, e é Jesus quem promete: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:7). Acrescente a isso a promessa de João 14:14: "Eu [Jesus] o farei" e a de João 16:23: "Ele [o Pai] vo-la concederá", e a promessa se torna duplamente segura. Há poder na oração.
A cláusula "se" não deve ser negligenciada, contudo. A oração eficaz se apóia numa relação apropriada com Jesus Cristo —"se permanecerdes em mim" — a qual por sua vez repousa sobre uma atitude apropriada para com a sua palavra: "e as minhas palavras permanecerem em vós".

Se permanecerdes em mim

Precisamos estar em Cristo para que nossas orações sejam eficazes. Assim como o ramo precisa estar na videira para receber nutrição e produzir fruto, assim precisamos estar em Cristo, a verdadeira videira, para estarmos espiritualmente vivos, nutridos espiritualmente, espiritualmente produtivos, sendo eficazes pelo poder de nossas orações.
A palavra "permanecer" ou "estar" aparece dez vezes no contexto. Merrill C. Tenney observa, corretamente, que esta palavra "significa a manutenção de uma conexão ininterrupta antes que repouso, e revela a necessidade de uma relação constante e ativa entre o crente e seu Senhor, para que a vida resultante seja produtiva." Manutenção, não repouso! Não podemos descansar, presumindo ingenuamente que, uma vez que nos tornamos ligados a nosso Senhor, continuaremos automaticamente a estar nele. Precisamos trabalhar para manter essa relação. Os meios pelos quais estamos nele são claramente declarados na segunda cláusula "se" . . . .

Se as minhas palavras permanecerem em vós

Não podemos estar em Jesus a menos que suas palavras estejam em nós. Quando as suas palavras permanecem em nós, somos absorvidos pelo aprender e pelo obedecer seu ensinamento. Temos freqüentemente nossas Bíblias na mão. Entregamo-nos a uma serena leitura do seu ensinamento, parando para meditar, permitindo à verdade "penetrar". Encontramo-nos numa disposição para refletir, interrogando-nos onde poderíamos estar deixando de fazer sua vontade.
Quando as palavras de Jesus permanecem em nós, tomamos uma nova identidade, deixando nossa velha identidade em favor daquela de Jesus. Jesus habita em nós. Quando outros observam nossa conduta vêem o reflexo de Jesus. Somos compassivos para com os necessitados, pacientes nos sofrimentos, atentos às crianças pequenas, tranqüilos com a perseguição, enraivecidos contra o pecado, preocupados com os perdidos, humildemente submissos à vontade de Deus, buscando primeiramente o reino de Deus e sua justiça em nossas vidas. O mundo não nos compreende, assim como ele não compreendeu Jesus (João 15:18-21).
Quando as palavras de Jesus permanecem em nós, desejamos que a vontade de Deus esteja feita na terra como no céu (Mateus 6:10). Enquanto expressamos a Deus o que é nossa vontade em várias circunstâncias, não buscamos impor a ele nossa vontade. Antes, oramos para que sua vontade seja feita em tudo, submetendo nossa vontade à sua, deste modo recebendo "o que desejamos" em resposta às nossas orações.
A progressão seguinte se torna clara: As palavras de Jesus estão em nós, capacitando-nos a estar em Jesus e capacitando-nos, em seguida, a orar eficazmente, confiantes em que será feito o que desejamos.

Dois extremos

Admiramo-nos com aqueles que questionam a resposta de Deus à oração. Ouviu-se um irmão dizer que nenhuma de suas orações tinha sido jamais respondida. Palavras estranhas, na verdade! Nenhuma oração que seja feita com o espírito justo, por uma pessoa justa, foge da atenção de Deus. Ele ouve e responde a cada uma delas.
Admiramo-nos, por outro lado, com aqueles que rejeitam o ensinamento de Jesus, calcam aos pés seu nome e sua palavra e ainda pensam que, em momentos de crise e de pânico, podem orar eficazmente. As orações de tais são uma abominação (Provérbios 28:9).
Esteja em Jesus; que as palavras dele estejam em você; então ore com absoluta confiança e certeza de que Deus proverá o que você deseja.

Reflita: João 15,7
Ore para obter a confiança nos projetos de Deus em sua vida!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

8º dia de Formação: "Senhor, ensina-nos a orar"



Condições para uma oração eficaz: em seu nome

Oramos em nome de Jesus. Amém." Tal expressão encerra muitas  orações. Não pensaríamos em terminar uma petição a Deus sem ela. Ela brota de nossas línguas insensivelmente, quase sem pensarmos. Por que esta simples frase é tão significativa? Será que ela confirma nossa oração, como a senha de identificação que digitamos num caixa eletrônico quando precisamos de dinheiro? Suponhamos que um irmão, orando numa reunião, se esqueça de concluir sua petição desta maneira. Sua oração chegaria ao trono de Deus?
A oração é imprópria se não for em nome de Jesus. Expressar isto é uma aplicação óbvia do mandamento de Paulo para fazermos tudo em nome do Senhor Jesus (Colossenses 3:17). O próprio Salvador instruiu seus apóstolos a orar em seu nome. Um pouco antes de irem ao Getsêmane, Jesus insistiu com seus apóstolos para que pedissem ao Pai o que necessitassem. Encorajando-os a orar, ele insistiu que fosse em seu nome. "E tudo quanto pedirdes em meu nome.... Se me pedirdes alguma coisa em meu nome" (João 14:13-14). Mais tarde, no mesmo discurso, ele repetiu esta condição para que o Pai os ouvisse (João 15:16; 16:23,26).
Em que consiste orar em nome de Jesus? Estava Jesus exigindo mero reconhecimento verbal por seus apóstolos? Soa assim, porque isto é o que um nome significa para nós. Como mães gestantes, podemos gastar meses para determinar um bom nome para nosso filho. O nome identifica nosso filho e o distingue das outras crianças. Entretanto, o nome em si ao qual nosso filho responde não significa nada, salvo por sua novidade ou para o membro da família do qual ele descende. Ele revela pouco do caráter ou personalidade de nosso filho.
O nome de Jesus nos diz como o chamamos, mas nos diz mais. Revela-nos quem ele é. Quando Jesus disse aos seus apóstolos que orassem em seu nome, ele estava insistindo com eles pela percepção e aceitação de sua natureza divina, caráter e propósito. Isto é evidente em João 14. Jesus disse aos seus apóstolos que ele ia preparar um lugar para eles. Tomé pediu informações. Filipe pediu para ver o Pai. Jesus respondeu, declarando que ele era o único caminho para ir ao Pai. O acesso ao Pai era impossível sem Jesus. O nome de Jesus, pelo qual ele insistia com eles para que orassem, era uma revelação de sua pessoa, uma descrição de sua verdadeira natureza e ser, uma declaração da salvação que ele tinha vindo assegurar aos homens.
Os apóstolos aprenderam o significado do nome de Jesus por meio da cruz. O Calvário ensinou-lhes que Deus reconciliaria os homens consigo através de Jesus. Esta verdade transformou-os. Eles curavam em seu nome, demonstrando o poder de Jesus para dar a salvação. Eles pregavam em seu nome, insistindo com os homens para que o aceitassem como Senhor e Cristo. Eles compeliram os homens a confessarem seu nome, afirmando sua crença de que Deus o tinha ressuscitado dentre os mortos. Eles insistiam com os homens a invocarem o seu nome, permitindo que o pecado deles fosse lavado. Eles batizavam em seu nome, sabendo que este Cristo era aquele através de quem o perdão poderia ser concedido.
Orar em seu nome significa que apreciamos quem Jesus é, confiamos nele pelo que ele tem feito e respeitamos sua vontade. Um pecador sincero pode orar por perdão através do nome de Jesus, mas sua recusa a obedecer ao evangelho nos termos de Deus significa que seu pedido ficará sem resposta. Uma pessoa poderia ser levada erradamente a orar por uma cura miraculosa ou pedido de riqueza material em nome de Jesus, mas ela faz um tal pedido fora da vontade que Jesus revelou. Ela pede incorretamente, e não recebe. Se orarmos sem sinceridade, seja por hipocrisia (Lucas 18:11-12) ou por exibição (Mateus 6:5), pouco é conseguido, mesmo se juntarmos o nome de Jesus a nossa oração. Esquecemos momentaneamente a base sobre a qual participamos da comunhão com Deus.
É somente através de Jesus que podemos nos aproximar de Deus e fazer pedidos. Declarar seu nome em nossas orações é mais uma lembrança verbal do que uma expressão essencial. O verdadeiro teste da oração em seu nome é se nossa atitude e modo de vida refletem ou não uma confiança em Jesus como o único caminho para ir ao Pai.

ReflitaJoão 14:13-14
Orar no dia de hj em nome de Jesus por uma causa que vc acredita ser impossível.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

7º dia de formação - "Senhor, ensina-nos a orar"



Condições para uma oração eficaz: fé

Quando Jesus disse aos seus discípulos: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se,  por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe", os discípulos disseram: "Senhor: Aumenta-nos a fé" (Lucas 17:3-5). Às vezes, usamos esta história para falar da necessidade de ter uma fé forte, mas Jesus disse que isso não exigiria muita fé! "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplante-te no mar; e ela vos obedecerá" (versículo 6). A ênfase não é a grande fé deles, mas para pequena fé num poderoso Deus. Isso é confortante.
Há, pelo menos, quatro coisas que estão envolvidas com orar com fé:
1 -Temos que crer que Deus existe e que é "galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Um infiel não deveria fazer pedidos a Deus, e deixar de orar é um passo para a infidelidade (Romanos 1:21).
 2 -Temos que crer no que Deus disse a respeito da oração. Alguns pensam que, desde que os dias dos milagres acabaram, Deus não pode responder às orações. Ainda que não possamos entender a providência de Deus, podemos crer que Deus responderá às orações porque ele prometeu que o faria.
 3 -Temos que crer que precisamos do que pedimos e que Deus pode dá-lo. "Tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebeste, e será assim convosco"(Marcos 11:24). Tiago disse que aquele que duvida "é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos" (Tiago 1:6-8).
 4 - Precisamos pedir de acordo com a vontade do Senhor. "E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 João 5:14). Nossa atitude precisa ser sempre "se o Senhor quiser..." (Tiago 4:15).
Como podemos orar "com fé" e ainda ter a atitude "se o Senhor quiser"? Primeiro, precisamos examinar a vontade de Deus e harmonizar nossos pedidos com sua revelação. Tiago ilustrou o poder da oração por Elias, que orou pela fome e depois pela chuva (Tiago 5:17-18). Deus respondeu a sua oração, não somente por causa da fé de Elias, mas porque era sua vontade. Moisés tinha escrito: "Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos prostreis perante eles; que a ira do Senhor se acenda contra vós outros, e feche ele os céus, e não haja chuva, e a terra não dê a sua messe, e cedo sejais eliminados da boa terra que o Senhor vos dá" (Deuteronômio 11:16-17). Nossa dificuldade é que nem sempre sabemos o que Deus quer numa situação específica. (Quem não agradeceu a Deus porque, olhando para trás, percebeu que teria sido prejudicial para si se Deus tivesse concedido seu pedido? Um homem disse: "Eu teria me casado com a mulher errada, três vezes!"). Segundo, precisamos perceber que Deus "sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais" (Mateus 6:8), e assim como os pais terrenos não atendem a todos os pedidos, nosso Pai celestial nos dá o que necessitamos (Mateus 7:8-11).
Nossa fé não está simplesmente no poder da fé, mas no poder de Deus. "Fé como um grão de mostarda" removerá "montes" (Mateus 17:20). Não, não montanhas literalmente falando, mas fortes obstáculos que fiquem no nosso caminho. Você está tendo dificuldade em perdoar seu irmão? Apenas uma pequena fé em Deus que demonstrou "seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8) ajudará você a superar a montanha! Pessoas que têm sido perdoadas não devem achar difícil perdoar. Você está tendo dificuldade para amar seu companheiro? Uma pequena fé no Cristo, que deu a si mesmo por sua noiva, o ajudará a entender o verdadeiro amor. Você está tendo alguma dificuldade com algum mau hábito ou vício? Ele não pode estar assentado profundo demais para o Deus que move montanhas!
Precisamos aumentar nossa fé. Porém, o poder não está no ato de crer, mas no objeto crido! Jesus não exige uma grande fé, mas uma pequena fé em um grande Deus!

ReflitaLucas 17:3-5
Ore pedindo mais fé a Jesus

terça-feira, 24 de abril de 2012

6º dia de Formação - Senhor, ensina-nos a orar"



As exortações a orar dadas por nosso Senhor

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41) é apenas uma das exortações do nosso Senhor a orar. Dizer que Jesus nos exorta a orar é dizer que ele nos encoraja e nos convida a orar.
Você acha alguma coisa de inusitado no fato de Jesus ter que encorajar seus discípulos a orar? Que ele tem que convidar e implorar para que participem da comunhão com o Pai celestial? Depois de tudo, para muitos de nós, é preciso muito pouco encorajamento para levar-nos a fazer as coisas de que gostamos.
Eu gosto de golfe. Em conseqüência, não é preciso nenhum encorajamento para me fazer ir jogar. É só me fazer um convite, dar-me um pouco de dinheiro e um bocado de bolas de golfe e estarei jogando dentro de uma hora! Há outras coisas de que gostamos que não exigem encorajamento para levar-nos a fazê-las. Sendo isto verdade, eu me pergunto: por que Cristo tem que nos encorajar a orar? Por que precisamos ser encorajados a participar de uma coisa tão boa, e tão boa para nós? Gostaria de sugerir três razões por que nosso Senhor tem que encorajar-nos a orar.
Œ Nosso amor por Deus ainda não é o que deveria ser. Quantas vezes você negligencia no falar com as pessoas que ama? Um dia se passou, desde a última vez em que você disse a sua esposa ou a seus filhos que você os ama? A verdade é que falamos com os que amamos de modo regular, se não diariamente. Estará o Pai celestial entre estes amados? Está ele no alto da lista? Tristemente, para muitos cristãos, o tempo passado em oração ao Pai não é uma atividade de que gostem! Assim, precisamos que nosso Senhor Jesus nos exorte e encoraje a orar!
Ouça Jesus nos exortar a orar deste modo: "Pai nosso, que estás nos céus..." (Mateus 6:9). Ouça-o encorajar de novo: "Quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem" (Mateus 7:11). A realidade que Deus é nosso Pai celestial deve nos comover e criar um desejo dentro de nós de falar com ele. Assim, Pedro acrescenta "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5:7). Aceitaremos a exortação a orar ao "Pai nosso, que estás no céu"?
 Às vezes temos a idéia de que não precisamos orar! Qualquer número de equívocos poderia explicar como temos esta idéia. Talvez pensemos que não seremos ouvidos ou atendidos quando oramos. Para isto Jesus exortaria: "Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa" (João 16:24).
Ou, talvez, pensemos que somos bastante fortes, sem gastar muito tempo em oração. Quando pensamos assim, não somos os primeiros discípulos a fazer isso. Na noite da traição e prisão de Jesus, ele tinha advertido os seus discípulos de que eles o negariam e o abandonariam. Os discípulos não queriam nem ouvir tal coisa, e prometeram fidelidade a Cristo até o último homem (Mateus 26:31-35). Contudo, quando os discípulos pensavam que não poderiam cair, ouviram Jesus implorar-lhes: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41).
Quando pensamos que estamos muito ocupados, muito cansados, muito importantes, ou muito fortes para orar é quando precisamos dar ouvidos à exortação a "vigiar e orar"!
Ž  A oração nos faz sentir constrangidos! Por quê? Porque, quando oramos, tudo conosco é desnudado. Não pode haver nem encobrimento, nem poses, nem charadas; não quando oramos! Porque então, como em nenhum outro momento, vemos nosso eu verdadeiro. Vemos o bom, o mau e o feio em nós mesmos, porque sabemos que Deus os vê. Ele vê nossos pecados, nossas fraquezas, nossa negligência e nossa hipocrisia. Para dizer o mínimo, esta consciência nos deixa constrangidos. Para dizer o máximo, ela nos faz sentir que estamos contaminando terreno sagrado e que certamente somos indignos de estar na sua presença.
O que Cristo nos diz quando nos sentimos assim? Que palavra de exortação ele dá para encorajar seus discípulos que estão temerosos de se aproximar ao trono do Pai? Primeiro, ele exige que estejamos nele e que sua palavra esteja em nós (João 15:1-8). Então, nosso Senhor, através de sua palavra, responderá a nossos temores, esclarecerá nossos mal-entendidos, removerá nossas dúvidas, repreenderá nossas negligências e criará um anseio por nosso Pai, dentro de nós.
Mais do que tudo, Jesus convida-nos a orar e nos chama para perto do trono do Pai, dizendo-nos que não temos que ir sós! Nele, por ele e com ele podemos aproximar-nos do trono da graça com confiança (Hebreus 4:16). Deveria-nos confortar e nos fortalecer em oração saber que nosso Senhor vive sempre para interceder por nós (Hebreus 7:25). Poderia Jesus oferecer maior incentivo a orar do que sua promessa de nos encontrar e nos ajudar no trono do Pai?
Avante! Aproxime-se e ore fervorosamente, derramando seu coração em Deus. "Buscai e achareis"!

Reflita: João 15,1-8
Ore pedindo a Deus  nos encoraje a orar e viver em oração.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

5º dia - formação - "Senhor, ensina-nos a orar"


A oração do Senhor por uma turba de linchadores

A indústria cinematográfica tentou, recentemente, ressuscitar alguns filmes de "bang-bang". Os atores são diferentes, mas a trama é a mesma. A cena de enforcamento ainda pinta os homens maus tirando a vida de vítimas inocentes e até se divertindo realmente com isso. Palavras penetrantes, ditas para ferir, acompanham o evento medonho. A que nível as pessoas podem chegar?
Pode ser que você tenha sido profundamente ferido por palavras e ações de outros. Como você lida com isso? Como você trata a traição por um amigo íntimo? Como você reage a uma carta anônima? A resposta depende da condição do coração. Que melhor coração para servir de modelo para nossa vida do que o de Jesus Cristo?
Numa quente, brilhante, sexta-feira de manhã em Jerusalém, Jesus sofreu profundas lacerações, causadas pelo açoite e pelos pregos, e teve que sofrer severo abuso verbal de uma multidão de curiosos que incluía os soldados. A crucificação, no oriente, era pior do que um enforcamento no oeste. Em vez de procurar vingança ou exigir desculpas, ele falou em defesa deles. Não era incomum uma pessoa crucificada falar na cruz; mas suas palavras eram geralmente selvagens expressões de dor, rogando pela libertação, maldições contra Deus ou julgamentos sobre aqueles que tinham causado seus sofrimentos. Ele orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34).
Admirável! Essa oração era tão incomum que levou um criminoso notório, que estava sendo crucificado próximo a Jesus, a mudar totalmente sua disposição em favor do Cristo. Esta exclamação pode certamente causar feridas emocionais, rancor e ressentimentos parecerem infantis.
Esta oração provou a íntima e habitual comunhão de Jesus com seu Pai. Foi porque a oração era a linguagem natural do Salvador que ela saltou a seus lábios ressecados nesse momento. Seu Pai era uma parte inseparável de seu coração. Justo quando parecia conveniente retirar-se de Deus ou imaginar se ele sequer estivesse por perto, Jesus orou ao Pai. Jesus afirmou o tipo de coração que é necessário para segui-lo, que reflete seu próprio coração: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23). Buscar a si mesmo é o oposto de negar-se a si mesmo. É a raiz do problema da nossa inclinação para o pecado. As massas egoístas seguem o caminho que Pedro descreveu: "...especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores" (2 Pedro 2:10).
"Perdoa-lhes" é uma oração de intercessão. É mais fácil orar muito por si mesmo do que fazer isso por outros. Isso exprime eloqüentemente a solicitude de um pelo bem-estar de outros, sejam parentes, amigos ou inimigos. Jesus mantinha uma mente submissa que pensava, servia e sacrificava-se pelos outros, para a glória de Deus, e não para ganho pessoal (Filipenses 2:5-11).
Uma pessoa injuriada geralmente se importa somente com seu próprio lado da situação, e vê somente aquelas circunstâncias que tendem a colocar a conduta da outra parte sob a pior luz. Não Jesus. Seu entendimento claro do perigo a que a culpa deles os expunha fez com que ele atentasse, não para sua própria dor, mas a reverter o destino horrível da multidão de linchadores. Orando por seus inimigos, Jesus estava capacitado a reprimir ao desejo natural de vingança e ter uma paz imperturbável. Ele orou por eles para que tivessem tempo para se arrependerem de seu crime horripilante. Eles mereciam um julgamento imediato. Aconteceu? Não. Jerusalém foi destruída, como Jesus tinha predito, mas não antes de quarenta anos após a sua morte; e neste ínterim o Espírito Santo veio e os apóstolos começaram a pregar o perdão dos pecados (Atos 2:16-38).
Estão perdoados os seus pecados? Você pode amar uma multidão de linchadores como Jesus fez? Perdoando assim, o ofensor nunca entenderá plenamente o que eles fizeram você passar; eles nunca serão capazes de pagar pelo que tomaram de você (ainda que possam fazer uma nobre tentativa), e nunca saberão plenamente como você se sentiu. Em que base você pode fazer isso? "Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou"(Efésios 4:32). Pelo amor de Cristo, ame uma turba de linchadores

Reflita: Efésios : 4,31-32
Ore por alguém ou situação que te magoou.

domingo, 22 de abril de 2012

4º dia de Formação - Senhor,ensina-nos a Orar.



A oração do Senhor no jardim

Jesus era um homem de oração e freqüentemente fazia súplica a seu Pai em favor de outros. No jardim, poucas horas antes de sua morte, encontramo-lo orando por si mesmo, mostrando-nos que é certo descarregarmos nossas mais profundas inquietações e ansiedades sobre um carinhoso Pai Celestial.

Nosso Senhor, além de ser divino era um ser humano. Nossas mentes frágeis não podem compreender como pode existir um tal ser nem como esta dupla natureza se encaixou em sua vida. Simplesmente acreditamos que é assim. Uma das peças de evidência que Jesus foi realmente humano foi aquele choro angustiado na tranqüila noite no Getsêmani: "Aba,Pai... passa de mim este cálice". Quando ele enfrentava a horrível perspectiva da crucificação, ele chorou profundamente e orou fervorosamente para que não precisasse beber o cálice amargo do sofrimento. Sua humanidade, naquela cena, deveria ficar impressa definitivamente em nossos corações.

Quando ele continua a orar, ele reconhece que todas as coisas são possíveis para o Pai, entretanto sua atitude é: "Contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres". Ele reconhece que na boa providência de Deus não pode haver modo de escapar da crucificação, entretanto, em sua humanidade, ele anseia pela possibilidade remota. Ele repete a oração três vezes e não é vã repetição. Seu coração está profundamente perturbado, e seu pedido em lágrimas enche o silêncio da noite.

Como Deus respondeu à oração? Conquanto não haja afirmação definitiva, sabemos qual foi a resposta de Deus. Sua resposta foi: "Não, Filho, não pode escapar desta experiência horrível. Tem que beber o cálice até o fim." É possível que a resposta tenha vindo quando "lhe apareceu um anjo do céu que o confortava" (Lucas 22:43). Embora Deus amasse seu Filho unigênito, ele não o pouparia deste grande trauma. O plano da eternidade para a redenção do homem estava em jogo e não poderia haver nenhum ponto de retorno agora. Pelo bem-estar do mundo, Deus disse "não" a Jesus naquela noite fatídica. E devemos ser gratos.

Porque Deus disse não e porque Jesus aceitou esta resposta, temos o perdão de nossos pecados e a esperança de vida eterna no céu. Terá Deus jamais respondido negativamente a uma oração que tivesse um impacto maior sobre o mundo? Ao dizer "não" ao seu Filho, ele estava dizendo "sim" a nós!

Jesus reconheceu o que precisamos vir a saber verdadeiramente: Deus, o Pai, sabe o que é melhor. Toda a nossa existência é dependente de Deus, ele é nosso Criador e Amparo e temos que confiar que ele agirá em nosso melhor interesse. "Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Romanos 8:32). As "todas as coisas" a que a passagem se refere são bênçãos espirituais e os privilégios que vêm com o sermos cristãos. Deus deixou seu Filho morrer, esperou e viu acontecer, para que você pudesse ir para o céu. Para mim, isto mostra que Deus é sério quanto a nossa salvação.

Isso também me faz lembrar que, algumas vezes, Deus pode ter que me dizer "não". Há provações e aflições que preferiria não experimentar. Eu peço ao Pai para afastá-las, mas algumas vezes ele diz "não". Esta foi a resposta ao pedido de Paulo para a remoção do espinho de sua carne (2 Coríntios 12:9).

Deus não somente disse não a Jesus e a Paulo. Um anjo veio para confortar Jesus, e Paulo ouviu de certo modo estas palavras confortantes: "A minha graça te basta". Como um anjo confortador, estas preciosas palavras nos ajudam a aceitar o "não" de Deus com dignidade e coragem. O que posso fazer senão ir avante quando Deus, em sua infinita sabedoria, dá uma resposta negativa a minhas ardentes orações?

Foi isto que Jesus fez. Ele se levantou de sua posição de oração, estendeu suas mãos para serem atadas e pregadas, e completou a tarefa que seu Pai lhe havia dado para fazer. Obrigado, Jesus, por nos mostrar como aceitar o "não" de Deus com dignidade e graça.

Reflita: Lucas 22,39-46
Ore por vc,  pelas suas aflições e provações

sábado, 21 de abril de 2012

3º dia da Formação - "Senhor, ensina-nos a orar"

"A oração de intercessão do Senhor
Não é difícil imaginar o tremendo efeito que a vida de Jesus deve ter tido sobre seus discípulos, de todos os modos, enquanto estava tão intimamente associados com ele durante os três anos e meio de seu ministério. Como a escritura nos revela, a regularidade da oração em sua vida, a proximidade que ele sentia com o Pai, e a natureza sincera de suas orações como é vista naquelas poucas que são registradas, ele se torna nosso exemplo na oração como em outras características de uma vida espiritual. Há tanto que precisamos aprender com Jesus sobre este poder maravilhoso que está tão prontamente acessível a nós em nossas vidas.

João 17 é a oração de Jesus mais longa que foi registrada. O que podemos aprender com o conteúdo desta oração de nosso Senhor? A oração é dividida em três partes. Primeira, Jesus ora em vista de sua própria relação com o Pai, segundo, ele ora em favor de seus apóstolos; e terceira, ele ora por todos os crentes.

Certamente as preocupações de Jesus deveriam ser desejo de glorificar a Deus. Sabemos como ele glorificava a Deus e como nós, por nossa vez, podemos glorificá-lo. Ele já tinha glorificado a Deus cumprindo a obra que era para ele fazer. Tinha chegado a hora dele morrer na cruz pelos pecados da humanidade. Ele seria reerguido dentre os mortos, derrotando assim aquele que tinha o poder da morte, o diabo; e depois de aparecer para confirmar sua ressurreição, ele subiria ao trono de Deus para receber seu reino e reinar até que o último inimigo, a morte, fosse vencido pela ressurreição final da humanidade.

Ele orou a Deus para que o glorificasse, para que, por sua vez, ele glorificasse a Deus. Nós também temos que glorificar a Deus (1 Coríntios 6:20) e fazemos isso adequadamente, cumprindo a obra que ele nos deu para fazer. As Escrituras nos preparam completamente para toda a boa obra e o glorificamos sendo cumpridores dessa palavra, e não apenas ouvintes.

Sua oração por seus apóstolos foi em vista de ele não mais estar no mundo, mas ir para o Pai. Ele tinha feito, antes, muitas coisas pela proteção deles. Ele tinha manifestado o "nome" de Deus a eles, e isto inclui manifestar "tudo o que um nome implica, de autoridade, caráter, posição, majestade, poder, excelência, etc." (W. E. Vine, An Expository Dictionary of New Testament Words, p. 100). Ele também lhes deu as palavras que Deus lhe deu, glorificando Deus ao transmitir-lhes que o Pai era a fonte de seu ensinamento. Ele os tinha conservado no nome de Deus, e agora orava para que o Pai continuasse a guardá-los na verdade, afirmando: "Tua palavra é a verdade." Devemos fazer nossa parte para realizar as coisas pelas quais oramos. Entretanto, depois que fizermos tudo dentro de nosso poder pelo bem daqueles que amamos, devemos orar, sabendo que o poder de Deus é grande, muito além de nossa capacidade de agir. Nós, como Jesus, devemos confiar no poder da palavra de Deus para dar conhecimento benefício e para nos santificar ou apartar-nos para uma santa maneira de viver, ajudando-nos, e aqueles que amamos, a abster-nos do mal do mundo. Devemos, também, confiar no poder de Deus para responder as nossas orações e para fazer aquilo que não podemos realizar.

A oração de Jesus por todos os discípulos foi para que todos eles fossem um só. Ele orou pela mais íntima unidade: "como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti". Verdadeiramente, ele e o Pai são um só. O Pai está no Filho e o Filho deve estar em nós. Quando aperfeiçoamos Cristo em nós, podemos ser aperfeiçoados na unidade. Devemos desejar esta unidade e sermos diligentes para mantê-la, porque é a oração sincera e expressa de nosso Senhor. Também, percebendo que outros, vendo tal unidade, podem ser levados a crer, devemos ser motivados pelo amor a eles para trabalhar por tal unidade. Deus irradia a glória de seu caráter maravilhoso, uma parte do qual é seu grande amor por Cristo e por nós. Cristo irradia esta glória e, quando contemplamos sua glória, ela pode motivar-nos a aperfeiçoar Cristo em nós. Assim como seu glorioso amor é aperfeiçoado em nós, ele nos levará a sermos um só com todos os gloriosos benefícios de tal unidade.

Que oração maravilhosa!



Reflita - João 17,1-5
Ore pedindo a Intercessão por algué que esteja necessitando.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Formação - "Senhor, ensina-nos a orar" - 2º dia.


Por que Jesus orava?

Jesus orava. Nós podemos ver, em nossas próprias limitações e necessidade, razões para orar. Mas, o que estava atrás das orações de Jesus? Jesus é Divino, Todo-poderoso, o Eu Sou, Jeová. Que necessidades suas poderiam ser satisfeitas com oração? Contudo, ali estava ele em forte choro, lágrimas e devoção, orando (Hebreus 5:7).

Quando ele tomou a humanidade sobre si mesmo, ele ainda era aquele que sempre existia, e existe. Mas, por muitas razões no plano de Deus, por ter sido gerado como um homem, ele tomou voluntariamente a relação de Filho para Pai, e aprendeu a obediência. Esta posição estabelecia, não somente identidade carnal conosco, mas identidade moral também, na exigência de sujeição.

Tendo vindo para fazer a vontade de outro, ele era guiado pelo Espírito (Lucas 4:1,14), e operava milagres pelo poder do Espírito Santo (Atos 10:38), e não pela sua própria vontade (Marcos 5:30). Ele orava porque confiava na providência do céu.

O reconhecimento desta providência levou a orações de agradecimento. Ele agradecia a Deus pelo alimento
 (Mateus 15:36). Outra oraçao de agradecimentodemonstrava sua associação com o Pai, para que aqueles que estavam na ressurreição de Lázaro pudessem entender que ele tinha sido enviado por Deus (João 11:41-42). Nossas orações podem identificar-nos com Deus.

Eu cresci num lugar e num tempo quando as pessoas eram muito modestas na expressão pública de fé. Seria "exibição" dar graças num restaurante. Mas, agora, eu creio que é bom para o mundo ver que há aqueles que reconhecem Deus como fonte de bênçãos, recebendo seu alimento com agradecimento, mesmo em público, desse modo expressando relação, como Jesus o fez. Para evitar o exibicionismo, pode-se fechar no quarto para orações mais longas.

Enfrentando arrogância intelectual, Jesus dava graças pelo propósito partilhado com respeito à verdade, escondida dos orgulhosos que apreciam suas próprias respostas, mas revelada aos humildes que a buscam (Mateus 11:25-26). Do mesmo modo, quando nossos propósitos estão em harmonia com o de Deus, não seremos abalados pelas pessoas notáveis desta escuridão. Daremos graças a Deus porque as insolentes celebridades do mundo não definem a verdade.

Jesus orava antes de iniciar a obra de Deus. Ele passou toda a noite orando antes de nomear os Doze (Lucas 6:12). Todos os pormenores desgastantes para iniciar uma obra não deverão inibir a oração, mas ordená-la. Continuar avante rumo à "glória de Deus" com uma petição inadequada sugere egoísmo e demasiada confiança em si mesmo.

O cansaço depois da ação também encontrou Jesus em oração. Ouvindo falar da morte de João, Jesus procurou a solidão, mas foi tragado pela maré humana que o seguia. Depois de curar os seus doentes, de alimentá-los, e de mandar embora seus discípulos, ele subiu a um monte para orar (Mateus 14:13-21). Seguindo-se outros dias estafantes, ele buscou alívio num lugar deserto (Marcos 1:25; Lucas 5:12-16), para orar.

Quando estamos muito pressionados, as orações de Jesus oferecem um melhor exemplo do que o sono desesperado de Elias, depois do triunfo sobre os profetas de Baal. Percebeu? A conseqüência do triunfo pode levar à decepção e à depressão. A fadiga pode trazer a vulnerabilidade e a tentação quando a oposição é implacável. Jesus encheu períodos em seguida a grande atividade com oração. Isto restaura a força, confiando na Fonte do triunfo.

A petição e a intercessão estão ligadas na oração de Jesus precedendo o Getsêmani (João 17). Ele apreciava a comunhão com o Pai. Ele também ansiava por uma maior comunhão que tinha sido rompida pela sua encarnação. A comunhão se tece por meio da oração. A intimidade com Deus leva a oração. Mas a necessidade reconhecida pormaior intimidade é buscada adequadamente e efetivada na oração.

Outra marca dessa oração era a preocupação com outros, mais tarde exprimida na notável oração depois que Satanás procurou a queda de Pedro. Jesus orou para que a fé de Pedro não falhasse. Isto ensina-nos mais do que entendemos. Ele pediu ao Pai por algo que exigiria um ato de vontade por um outro. Desde que Deus não compeliria Pedro contra sua vontade, Deus tem que ter meios providênciais que podem afetar nossas escolhas ou, então, por que Jesus pediria? Um auxílio óbvio a Pedro foi o conhecimento de que Jesus oraria por sua fé. O conhecimento de nossas orações, por aqueles por quem oramos, pode ser acrescentado aos fatores favoráveis dos outros meios de Deus quando oramos.

Estas são algumas coisas que ocasionaram as orações de Jesus: sua sujeição e confiança, o agradecimento, o início de uma obra, o fim de um trabalho, a necessidade e o desejo de uma comunhão com Deus, a necessidade de outros verem esta comunhão, e a intercessão pelos outros. E, naturalmente, a necessidade de força no jardim. E minhas orações? Que sejam como as de Jesus!



Reflita: Marcos 1:25; Lucas 5:12-16
Hoje ore para que Jesus aumente a sua fé.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

1- Formação: Senhor, ensina-nos a orar"

Senhor, ensina-nos a orar"





Quando um discípulo de Jesus lhe pediu: "Senhor, ensina-nos a orar", sua resposta imediata foi dar-lhe um modelo de oração. É  apenas ligeiramente diferente daquela registrada em Mateus 6:9-13. Nenhum estudo de oração seria completo sem um cuidadoso exame deste modelo.
Infelizmente, o modelo de oração de Jesus, como muitos dos seus ensinamentos, tem sido abusado seriamente. Alguns acreditam que a mera repetição dela seja uma obra de mérito, que compra a graça de Deus, por isso repetem o que chamam Pai Nosso centenas de vezes, acreditando que quanto mais frequentemente a repetirem, maior será a graça recebida. Outros repetem-na de modo totalmente mecânico, supondo que simplesmente ao dizer as palavras estejam satisfazendo as instruções de Deus para orar.
Ambos estes costumes violam o ensinamento de Jesus no próprio contexto no qual o modelo é encontrado, em Mateus (6:5-8).
Jesus nunca pretendeu que sua oração fosse rezada palavra por palavra. Muitas orações de Jesus e de seus discípulos são registradas no restante no Novo Testamento, mas nenhuma vez encontramos uma repetição das palavras tais como foram ditas no modelo. Alguém que julgue que deve fazer esta oração exatamente tem que decidir se vai usar a forma encontrada em Mateus ou Lucas e não há modo de se fazer tal julgamento. Além do mais, esta a oração servia melhor no período antes que o reino fosse estabelecido e antes que Jesus desse instruções para que as orações fossem em seu nome (João 14:13-14).
Que uso, então, deve ser dado a esta oração? Como já foi sugerido, ela é um modelo. Um mestre marceneiro pode fazer uma mesa muito simples para um aprendiz e então dizer: "Quando você fizer uma mesa, faça como esta". Ele não diz que cada mesa que o aprendiz fizer no resto de sua vida seja exatamente naquele tamanho e desenho. Na verdade, conforme o estudante progride em habilidade, pode fazer mesas de muitos modelos usando o exemplo que seu mestre lhe mostrou. Quando Jesus deu este modelo, ele disse:"Portanto, vós orareis assim" (Mateus 6:9). O restante das orações encontradas no Novo Testamento refletem as qualidades e características deste modelo.
Alguém descreveu esta oração como uma "expressão simples e sem adornos do desejo do coração". Diferente da oração dos hipócritas, esta é claramente voltada para Deus antes que para aquele que está orando ou outros seres humanos que possam estar ouvindo. Este fato determina todas as outras características dela.
É uma oração simples, não contendo floreados ou frases de oratória. É apenas uma petição tal como se poderia esperar que fosse apresentada por um filho respeitoso a um pai amoroso.
Ela é uma oração curta, entretanto contém todos os elementos que são desejáveis na oração.
É uma oração espiritual. A única petição por necessidades físicas estabelece a legitimidade dos pedidos temporais, mas a preponderância das preocupações espirituais reflete a ênfase adequada no coração do suplicante.
Ela é uma oração organizada, movendo-se do geral para o pessoal e sugerindo que uma organização de pensamentos não deve ser evitada, ainda que, às vezes, as orações possam brotar do coração como uma fonte jorrando.
Talvez o modelo de oração devesse ser pensado como um esboço muito parecido com o que um orador usa. É apenas um esqueleto de maiores tópicos a serem desenvolvidos na apresentação. Nesta oração há um começo, uma palavra de respeito, uma expressão de preocupação pelo reino de Deus e a vontade de Deus, uma petição por necessidades pessoais temporais e duas por necessidades pessoais espirituais. As circunstâncias particulares nas quais uma oração é feita pode bem determinar a importância dada a qualquer uma destas petições, mas numa oração geral todos estes elementos serão apropriados.
Aquele que oferece, de seu próprio coração, uma oração que segue este modelo, revelerá muito sobre si mesmo. Ele revela que é um filho do Pai, que respeita a Deus, que busca primeiramente "o seu reino e a sua justiça", que está contente com a dádiva de Deus para suas necessidades diárias e não está ansioso pelo amanhã, que está preocupado com seus próprios pecados e está disposto a perdoar os pecados dos outros, e que, verdadeiramente, deseja evitar o pecado e andar nos caminhos da justiça. Analise suas próprias orações. O que elas revelam sobre você?

Reflita: João 14:13-14
Hj ore pelo seu crescimento Espiritual.

...

Formação: Oração

A paz de Jesus!..
Durantes alguns dias estaremos  fazendo uma formação aqui no nosso blog.Ttemos observado que muitas pessoas tem dificuldades para " falar com Deus" tem dúvidas de como devem orar, o que pode e não pode fazer durante uma oração, então, para poder ajudar cada um de vcs pesquisei algumas coisas sobre oração e estou disponibilizando aqui!
Lembrem-se que teremos sempre algumas coisas a fazer antes de iniciar o nosso estudo, pq não basta apenas ler, mas sim sentir,entender e principalmente acolher o que vc vai ler.

Vamos iniciar sempre   com o Sinal da Santa Cruz , oração do Espirito Santo  em seguida leia com atenção e devagar o texto que vamos disponibilizar pra vcs , reflita sobre o que vc leu e por fim,  faça um Louvor em agradecimento ao aprendizado que vc teve,reze um Pai-nosso e uma Ave-maria.
Os temas que iremos  estudar são estes que  encontram-se logo abaixo, cada dia estudaremos 01  e tb neste dia vamos  disponibilizar uma leitura Biblíica pra vc refletir durante o seu dia.

1.Senhor,ensina-nos a orar;
2.Por que Jesus orava;
3.A oração de intercessão do Senhor;
4.A oração do Senhro no jardim;
5.A oração do Senhor por uma turba de linchadores;
6.As exortações dadas por nosso Senhor;
7.Condições para uma oração eficaz : Fé;
8.Condições para uma oração eficaz: : em seu nome
9.Condições para uma oração eficaz : condições apropriadas;
10. Obstáculos a oração eficaz;
11.Aqueles por quem devemos orar;
12.Oração pública e particular;
13.O amigo a meia-noite (Lucas 11,5-13);
14. O Fariseu e o Publicano ( Lucas 18,9-14);
15. Parábola : a viúva importuna ( Lucas 18,1-8);
16. O modelo de oração
     16 a - Pai nosso que estais no céu
      16 b - Santificado seja o vosso nome
      16 c - " Venha o teu reino,faça a tua vontade"
      16 d - Pão nosso de cada dia,dá-nos hoje
      16 e - Perdoa-nos as nossas dívidas
      16 f - E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal
17. Motivados a orar
18  Amém



quarta-feira, 11 de abril de 2012

CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida -PARTE 1




CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida

Sáb, 07 de Abril de 2012 14:32 / Atualizado - Sáb, 07 de Abril de 2012 17:56 por: cnbb






Na próxima quarta-feira, dia 11/04, o Supremo Tribunal
Federal (STF) realiza o julgamento sobre a
descriminalização do aborto de anencéfalos – casos em
que o feto tem má formação no cérebro. A presidência da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
enviou nesta Sexta-feira Santa, 06/04, uma carta a todos
os bispos do país, convocando para uma Vigília de
Oração pela Vida às vésperas do julgamento.
Em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento
do caso, a CNBB publicou uma nota que explicita a sua
posição. “A vida deve ser acolhida como dom e
compromisso, mesmo que seu percurso natural seja,
presumivelmente, breve. (...)Todos têm direito à vida.
Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato
que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano
inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis. O aborto de
feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso. A
Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos
tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede, que a vida seja respeitada e
que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à
anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade”.
A seguir, a íntegra da carta da presidência da CNBB, bem como o texto completo da nota sobre o
assunto.
Brasília, 06 de abril de 2012
P - Nº 0328/12
Exmos. e Revmos. Srs.
Cardeais, Arcebispos e Bispos
Em própria sede
ASSUNTO: Vigília de Oração pela Vida, às vésperas do dia 11/04/12, quarta feira.
DGAE/2011-2015: Igreja a serviço da vida plena para todos (nn. 65-72)
“Para que TODOS tenham vida” (Jo 10,10).
CF 2008: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
CF 2012: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8).
Irmãos no Episcopado,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil jamais deixou de se manifestar como voz autorizada
do episcopado brasileiro sobre temas em discussão na sociedade, especialmente para iluminá-la
com a luz da fé em Jesus Cristo Ressuscitado, “Caminho, Verdade e Vida”.
Reafirmando a NOTA DA CNBB (P – 0706/08, de 21 de agosto de 2008) SOBRE ABORTO DE
FETO “ANENCEFÁLICO” REFERENTE À ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE
PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 54 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a presidência
solicita aos irmãos no episcopado:

CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida -PARTE 2

Promoverem, em suas arqui/dioceses, uma VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELA VIDA, às
vésperas do julgamento pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a
possibilidade legal do “aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte),
comumente denominados anencefálicos” (CNBB, nota P-0706/08).

Informa-se que a data do julgamento da ADPF Nº 54/2004 será DIA 11 DE ABRIL DE 2012,
quarta feira da 1ª Semana da Páscoa, em sessão extraordinária, a partir das 09 horas.
Com renovada estima em Jesus Cristo, nosso Mestre Vencedor da morte, agradecemos aos irmãos
de ministério em favor dos mais frágeis e indefesos,
Cardeal Raymundo Damasceno Assis Dom José Belisário da Silva Dom Leonardo
Steiner
Arcebispo de Aparecida Arcebispo de São Luiz Bispo Auxiliar de
Brasília
Presidente da CNBB Vice Presidente da CNBB Secretário
Geral da CNBB
Nota da CNBB sobre Aborto de Feto “Anencefálico”
Referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 do Supremo
Tribunal Federal
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em
reunião ordinária, vem manifestar-se sobre a Argüição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF n° 54/2004), em andamento no Supremo Tribunal Federal, que tem por
objetivo legalizar o aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente
denominados “anencefálicos”, que não têm em maior ou menor grau, as partes superiores do
encéfalo e que erroneamente, têm sido interpretados como não possuindo todo o encéfalo, situação
que seria totalmente incompatível com a vida, até mesmo pela incapacidade de respirar. Tais
circunstâncias, todavia, não diminuem a dignidade da vida humana em gestação.
Recordamos que no dia 1° de agosto de 2008, no interior do Estado de São Paulo, faleceu, com
um ano e oito meses, a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, diagnosticada com anencefalia.
Quando Marcela ainda estava viva, sua pediatra afirmou: “a menina é muito ativa, distingue a sua
mãe e chora quando não está em seus braços.” Marcela é um exemplo claro de que uma criança,
mesmo com tão malformação, é um ser humano, e como tal, merecedor de atenção e respeito.
Embora a Anencefalia esteja no rol das doenças congênitas letais, cursando com baixo tempo de
vida, os fetos portadores destas afecções devem ter seus direitos respeitados.
Entendemos que os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa
humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, (cf. art. 5°,
caput; 1°, III e 3°, IV, da Constituição Federal) referem-se também aos fetos anencefálicos.
Quando a vida não é respeitada todos os outros direitos são menosprezados. Uma “sociedade livre,
justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes
e indefesos. As pretensões de desqualificação da pessoa humana ferem sua dignidade intrínseca e
inviolável.
A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja,
presumivelmente, breve. Há uma enorme diferença ética, moral e espiritual entre a morte natural e
a morte provocada. Aplica-se aqui, o mandamento: “Não matarás” (Ex 20,13).
Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é
intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano

CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida -parte 3

Promoverem, em suas arqui/dioceses, uma VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELA VIDA, às
vésperas do julgamento pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a
possibilidade legal do “aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte),
comumente denominados anencefálicos” (CNBB, nota P-0706/08).

Informa-se que a data do julgamento da ADPF Nº 54/2004 será DIA 11 DE ABRIL DE 2012,
quarta feira da 1ª Semana da Páscoa, em sessão extraordinária, a partir das 09 horas.
Com renovada estima em Jesus Cristo, nosso Mestre Vencedor da morte, agradecemos aos irmãos
de ministério em favor dos mais frágeis e indefesos,
Cardeal Raymundo Damasceno Assis Dom José Belisário da Silva Dom Leonardo
Steiner
Arcebispo de Aparecida Arcebispo de São Luiz Bispo Auxiliar de
Brasília
Presidente da CNBB Vice Presidente da CNBB Secretário
Geral da CNBB
Nota da CNBB sobre Aborto de Feto “Anencefálico”
Referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 do Supremo
Tribunal Federal
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em
reunião ordinária, vem manifestar-se sobre a Argüição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF n° 54/2004), em andamento no Supremo Tribunal Federal, que tem por
objetivo legalizar o aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente
denominados “anencefálicos”, que não têm em maior ou menor grau, as partes superiores do
encéfalo e que erroneamente, têm sido interpretados como não possuindo todo o encéfalo, situação
que seria totalmente incompatível com a vida, até mesmo pela incapacidade de respirar. Tais
circunstâncias, todavia, não diminuem a dignidade da vida humana em gestação.
Recordamos que no dia 1° de agosto de 2008, no interior do Estado de São Paulo, faleceu, com
um ano e oito meses, a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, diagnosticada com anencefalia.
Quando Marcela ainda estava viva, sua pediatra afirmou: “a menina é muito ativa, distingue a sua
mãe e chora quando não está em seus braços.” Marcela é um exemplo claro de que uma criança,
mesmo com tão malformação, é um ser humano, e como tal, merecedor de atenção e respeito.
Embora a Anencefalia esteja no rol das doenças congênitas letais, cursando com baixo tempo de
vida, os fetos portadores destas afecções devem ter seus direitos respeitados.
Entendemos que os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa
humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, (cf. art. 5°,
caput; 1°, III e 3°, IV, da Constituição Federal) referem-se também aos fetos anencefálicos.
Quando a vida não é respeitada todos os outros direitos são menosprezados. Uma “sociedade livre,
justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes
e indefesos. As pretensões de desqualificação da pessoa humana ferem sua dignidade intrínseca e
inviolável.
A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja,
presumivelmente, breve. Há uma enorme diferença ética, moral e espiritual entre a morte natural e
a morte provocada. Aplica-se aqui, o mandamento: “Não matarás” (Ex 20,13).
Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é
intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano