terça-feira, 5 de junho de 2012

Coisas que Deus aborrece


Coisas que Deus aborrece

Provérbios 6:16-19 diz: "Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos."
Aborrecer quer dizer sentir horror àlguma coisa. Abominar é detestar. Quando a Bíblia diz que Deus aborrece e abomina algumas coisas, devemos prestar atenção para evitar tais coisas em nossas vidas. Examinemos estas sete coisas que contradizem o santo caráter de Deus.

Olhos altivos

Olhos altivos são olhos elevados, altos, arrogantes, orgulhosos e presunçosos. Deus sempre condena a arrogância dos homens, pois ela contraria a sabedoria divina. Provérbios 8:12-13 diz: "Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e disponho de conhecimentos e de conselhos. O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço." Isaías 2:1-5 profetiza sobre o estabelecimento da montanha da casa do Senhor, uma profecia claramente messiânica. No mesmo capítulo, ele mostra que Cristo viria contra a soberba e a arrogância dos homens (Isaías 2:12-17).
Um dos alvos na vida cristã é vencer a altivez. Paulo escreveu: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão" (2 Coríntios 10:4-6).

Língua mentirosa

Nesta lista de sete coisas que Deus aborrece, três são pecados da língua. Deus odeia a mentira. O mentiroso será castigado por Deus (Salmo 7:12-16). Muitas pessoas confiam na mentira, se achando capazes de enganar o mundo e até o próprio Deus. Na sua arrogância, elas não confiam no Senhor (Salmo 40:4). O servo de Deus abandona a mentira e busca a lei do Senhor (Salmo 119:163). Da mesma maneira que Deus aborrece a mentira, a pessoa justa também a aborrece (Provérbios 13:5).

Mãos que derramam sangue inocente

Deus sempre detestava a violência dos homens. Em Gênesis 6:13, a violência é citada como motivo para a destruição dos homens no dilúvio. Em Provérbios 24:1-2, aprendemos que o servo de Deus deve procurar ficar longe dos violentos: "Não tenhas inveja dos homens malignos, nem queiras estar com eles, porque o seu coração maquina violência, e os seus lábios falam para o mal." Poucos anos antes de usar a Babilônia para destruir a cidade de Jerusalém, Deus explicou seus motivos para esse castigo. Ele citou, entre os erros do povo, a terra cheia de violência (Ezequiel 8:17). Na nossa sociedade, a violência descontrolada é lamentável. Enquanto políticos prometem segurança nas ruas, a verdadeira solução será outra. Pais precisam ensinar seus filhos e cristãos precisam ensinar um ao outro sobre a necessidade de agir pacificamente num mundo repleto de crueldade.
Quando Deus falou de derramar sangue inocente, ele ajuntou a violência e a injustiça. Deus é perfeitamente justo, e qualquer injustiça é uma rejeição do caráter dele (Deuteronômio 32:4). A pessoa que condena o justo ou justifica o ímpio mostra injustiça e é abominável para o Senhor (Provérbios 17:15; 18:5). Para evitar tal injustiça, devemos lembrar do conselho do sábio em Provérbios 18:17 — "O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina." O homem justo procura ouvir ambas as partes antes de julgar. Jesus disse: "Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça" (João 7:24).

Coração que trama projetos iníquos

Os ímpios tramam contra os justos. Há tanta injustiça no mundo que pessoas boas ficam desesperadas. Mas, este quadro será invertido. Salmo 37:12-17 diz: "Trama o ímpio contra o justo e contra ele ringe os dentes. Rir_se_á dele o Senhor, pois vê estar_se aproximando o seu dia. Os ímpios arrancam da espada e distendem o arco para abater o pobre e necessitado, para matar os que trilham o reto caminho. A sua espada, porém, lhes traspassará o próprio coração, e os seus arcos serão despedaçados. Mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios. Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas os justos, o Senhor os sustém."
Para entender melhor a atitude de Deus sobre o "coração que trama projetos iníquos", leia Salmo 50:16-23. Este trecho mostra que até pessoas que dizem ser servos do Senhor e até as que ensinam a palavra de Deus podem ser culpadas desse pecado. Não adianta pregar a palavra de Deus e usar a mesma boca para difamar irmãos. Não deve condenar os ladrões e adúlteros com a boca enquanto participa dos mesmos pecados.

Pés que se apressam a correr para o mal

Deus criou o homem para servir a ele. Devemos dedicar nossos corpos como sacrifícios vivos para fazer a vontade do nosso Criador e Redentor (Romanos 12:1-2). Nessa lista de coisas que Deus aborrece, os primeiros cinco itens descrevem partes do corpo (olhos, língua, mãos, coração e pés). O pecado é como imã que atrai os ímpios. Quando a pessoa cede à tentação e corre para o pecado, ela é rejeitada por Deus (Salmo 34:16). Salomão nos adverte sobre o perigo de entrar no caminho dos malfeitores: "Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue" (Provérbios 1:15-16). O verdadeiro discípulo tem que aborrecer o mal e ser amigo do bem (Provérbios 8:13; Tito 1:8). Esses conceitos exigem um novo modo de pensar. Deus não pede meramente que não pratiquemos o mal, mas que o aborreçamos. Ele não quer apenas que façamos o bem, mas que o consideremos nosso melhor amigo. Que desafio!

Testemunha falsa que profere mentiras

Duas vezes nessa lista de sete itens, Deus inclui a mentira. Não podemos exagerar a gravidade desse pecado. Deus é verdade, e a mentira não vem dele (João 8:44). Mentiras não são brincadeiras. Temos que aprender falar a verdade sempre e exclusivamente (Efésios 4:25).

O que semeia contendas entre irmãos

Mais uma vez, encontramos nessa lista um pecado que envolve, principalmente, o uso errado da língua. Contendas são obras de maldizentes."Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda" (Provérbios 26:20). Há, infelizmente, pessoas neste mundo que se ocupam falando mal dos outros e semeando contendas. Deus detesta tal comportamento. Em Romanos 1:29, ele inclui contendas entre os piores dos pecados.
A soberba é uma das fontes das contendas que dividem irmãos. Provérbios 13:10 diz: "Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria." Provérbios 17:19 afirma o mesmo fato: "O que ama a contenda ama o pecado; o que faz alta a sua porta facilita a própria queda."
Contendas são fáceis a começar e difíceis a terminar. Como um pequeno buraco numa barragem facilmente sai do controle da pessoa que o fez, uma pequena contenda cresce de tal maneira que ninguém consegue freá-la. "Como o abrir_se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas" (Provérbios 17:14). A melhor maneira de resolver uma briga é não começá-la.

Conclusão

Durante mais de 20 anos de casamento, eu tenho aprendido uma coisa importante: quando amamos uma pessoa, procuramos evitar as coisas que ela não gosta. Quando Deus diz que detesta essas sete coisas, está dizendo que as pessoas que o amam farão tudo para tirar todos esses pecados da própria vida. Que Deus nos ajude a viver livre das coisas que ele abomina.
 créditos: Dennis Allan ( http://www.estudosdabiblia.net)

17º dia de Formação: "Senhor, ensina-nos a orar"


Pai Nosso, Que Estás nos Céus

Através de toda a grande mensagem da montanha, Jesus ressaltou a relação íntima que seus discípulos deveriam ter com um Deus pessoal.  Nunca isso é visto tão claramente quanto em seu uso do termo "Pai". Quatorze vezes no sermão ele usa a relação mais pessoal conhecida pelo homem (relação entre pai e filho) para descrever a intimidade que deveria existir entre Deus e os cidadãos do seu reino.
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso…." Jesus não está aqui falando da relação universal que todos os homens têm com Deus, por meio da criação, como no caso de Atos 17:28-29. Pelo seu uso do "Pai nosso", ele fala daquela relação especial estabelecida pela fé e continuada pela submissão à vontade divina (Mateus 7:21). Esta é a oração do discípulo. Esta é a oração do "filho de Deus" renascido. Somente aqueles que receberam o evangelho do reino são previlegiados para orar "Pai nosso.…"
O grande valor desta oração é que ela define imediatamente todas as relações na vida.
Ela estabelece nossa relação com o mundo invisível. O mundo pagão está cheio de muitos deuses, todos os quais são vistos como ciumentos, rancorosos e hostis. Todos os deuses precisam ser aplacados, contentados e pacificados. O resultado é óbvio: o adorador de múltiplos deuses vive no temor de omitir um deus (Atos 17:23) e, como resultado, é assombrado pela religião, em vez de ser ajudado. Contudo, o cristão sabe que há um Deus: Um Deus que tem o coração terno, amoroso, de um "Pai". Em vez de tremer de medo diante de um bando de deuses mal-humorados, encontramos descanso no amor e cuidado de nosso Pai.
Ela define nossa relação com o mundo visível. A vida é dura. Há crises e mudanças que desafiam a nós todos. Como posso agüentar? Como posso sobreviver às tempestades da vida? A resposta é encontrada nas duas primeiras palavras desta oração:"Pai nosso". Tudo se torna mais brilhante e mais suportável quando sei que há alguém a quem posso recorrer por cada temor, cada ferimento, e cada decepção (1 Pedro 5:7).
Ela estabelece nossa relação com nossos irmãos. Jesus nos lembra que Deus é "Pai" de nós todos: "Pai nosso…" Esta própria frase deverá eliminar o egoísmo no reino. O mesmo Pai que cuida de mim, cuida também de você. O resultado, como poderia eu ter sentimentos de amargura e ódio para com aqueles que partilham a mesma relação que eu? Você vê, a única coisa que nos torna irmãos é que temos um Pai em comum.Abençoado seja nosso laço mútuo. Ele nos liga por causa daquele que é o " Pai nosso".
Ela define nossa relação conosco. Não posso falar por você, mas sou o pior crítico de mim mesmo. De fato, é muito fácil cair em cima de si mesmo. Você percebe o que Jesus está dizendo? Deus lhe devolverá seu respeito próprio! Você pode pensar que é um João-ninguém sem valor, que você não interessa a ninguém. Jesus diz: "Você está errado! Deus se importa com você!" Que emoção saber que Deus me conhece e me ama! E que eu posso chamar por ele a qualquer hora.
Então Jesus acrescentou: "Pai nosso, que estás nos céus…" Isso ressalta duas grandes verdades sobre Deus.
A primeira é a santidade de Deus. É fácil tornar sentimental toda a idéia da paternidade. É fácil ver a figura de Deus como um pai complacente que fecha os olhos aos pecados de seus filhos. Nosso Pai não é assim. É verdade, ele é amoroso, cuidadoso e clemente, mas é também nosso Pai "que estás nos céus". O céu é um lugar de santidade porque Deus é santo (1 Pedro 1:14-16). Nosso Pai não deixa o pecado impune. Ele não tolera a desobediência de seus filhos. Sua santidade exige que sejamos santos.
A segunda é o poder de Deus. Todos conhecem em primeira mão as frustrações do amor humano, seja ele do pai com um filho desviado, ou da esposa com um companheiro irresponsável. Em todos os casos de amor frustrado, voltamo-nos para nosso pai "nos céus". O fato de ele estar "nos céus" prova que há um poder maior do que é possível na terra (Efésios 3:20). "Pois nada é impossível para Deus". Jamais esqueça que por trás de seu amor infinito há um poder invencível.
"Ore, então, assim: Pai nosso que estás nos céus…" Um começo simples para uma oração simples. Que previlégio é ser seu filho!


Reflita: a oração do Pai Nosso