segunda-feira, 16 de julho de 2012

HISTÓRIA DO ESCAPULÁRIO DO CARMO



Foi na madrugada do dia 16 de julho de 1251 que Nossa Senhora apareceu ao santo carmelita inglês, São Simão Stock, e entregou-lhe o miraculoso Escapulário do Carmo.
São Simão Stock era, naqueles tempos, Superior Geral da Ordem dos Carmelitas. Ele se encontrava numa situação aflitiva, pois sua Ordem passava por dificuldades muito sérias, sendo desprezadas, perseguida e até ameaçada de extinção.
Homem de uma fé viva, São Simão não cessava de implorar socorro à Santíssima Virgem, e pedia também um sinal sensível de que seria atendido.
Comovida pelas súplicas angustiantes deste seu fervoroso filho, Nossa Senhora lhe trouxe do Céu o santo Escapulário e dirigiu-lhe estas palavras:
“Recebe, filho diletíssimo, o Escapulário de tua Ordem, sinal de minha confraternidade, privilégio para ti e para todos os Carmelitas”.
“Todos os que morrerem revestidos deste Escapulário não padecerão o fogo do inferno. É um sinal de salvação, refúgio nos perigos, aliança de paz e pacto para sempre”.
A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelitana refloresceu em todo o mundo! E o Escapulário passou a percorrer sua milagrosa trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade.
Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e lhe fez nova promessa, considerada como complemento da primeira:
“Eu, como tema Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna.”
Essa segunda promessa de Nossa Senhora deu origem à célebre Bula Sabatina do Papa João XXII, publicada em 03 de março de 1322, confirmada posteriormente por vários Sumos Pontífices como Alexandre V, Clemente VII e Paulo III.
De início, o Escapulário era de usa exclusivo dos religiosos Carmelitas. Mais tarde, a Igreja, querendo estender os privilégios e benefícios espirituais desse uso a todos os católicos, simplificou seu tamanho e autorizou que sua recepção ficasse ao alcance de todos.
De que se compõe o escapulário e como recebê-lo
O Escapulário do Carmo compõe-se de duas peças de pano de lã, de cor marrom, unidas entre si por dois cordões.
Somente o primeiro Escapulário precisa ser bento e imposto por um sacerdote. Tanto essa bênção como a imposição valem para todos os outros Escapulários que substituírem o primeiro. Uma vez tendo-o recebido, devemos usá-lo sempre e continuamente.
Imposição – O sacerdote benze o Escapulário e o impõe, dizendo: “Recebe este santo Escapulário como sinal da Santíssima Virgem Maria, Rainha do Carmelo, para que, com seus méritos, o uses sempre com dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza à vida eterna.”
Privilégios do escapulário do carmo
“Não, não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça nossa predestinação tão certa…” (São Cláudio de la Colombière, S.J.)
1. É um sinal de aliança com Nossa Senhora. Por seu uso, exprimimos nossa consagração a Ela.
2. É um sinal de salvação. Quem morrer com ele não padecerá o fogo do inferno.
3. A Santíssima Virgem livrará do purgatório, no primeiro sábado depois da morte, todos os que o portarem.
4. É um sinal de proteção em todos os perigos.
O escapulário do carmo, consagração a nossa senhora
O Escapulário do Carmo, enquanto dádiva da Santíssima Virgem, é símbolo de uma consagração. Foi a própria Mãe de Deus que aludiu a essa consagração, quando disse a São Simão Stock, na gloriosa madrugada de 16 de julho de 1251: “…é um pacto de paz e amizade que faço contigo e todos os carmelitas…”. É como se dissesse: quero que este pacto que faço convosco, fundamentado em eterna amizade, seja expresso pelo meu Escapulário, como símbolo da consagração que fazeis a mim ao recebê-lo.
A voz da igreja
Destacam-se entre os Papas devotos do Escapulário Inocêncio IV, João XXII, Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VII, Urbano VII, Nicolau V, Sixto IV, Clemente VII, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Alexandre VII, Pio IX, Leão XIII, Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, que com bulas apostólicas aprovaram os seus privilégios, e cumularam de favores as Confrarias do Carmo.
As declarações dos Papas, são expressões as mais autorizadas do autêntico pensar da Igreja. Eles não têm apenas dado o exemplo, usando o hábito do Carmo. Eles estimularam e aconselharam a usá-lo e premiaram esta devoção.
Podemos citar entre os nomes dos santos que usaram o Escapulário, os de S. Afonso, S. Pedro Claver, São Carlos Borromeu, São Francisco de Salles, S. João Vianney, B. Batista Mantovano, S. Pompilio Pirrotti, S. João Bosco, Sta. Teresa, Sta. Terezinha, S. João da Cruz, Sta. Maria de Jesus, Edith Stein…

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