Pessoal..
Recebi este email achei mto interessante e decidi dividir com vcs..dia 04 de agosto comemoramos o dia do Padre então reflita !!!
Por causa de um amor maior ou por causa de um amor frustrado?
Algumas pessoas acreditam que me tornei padre porque devo ter sofrido alguma frustração no campo amoroso. Interessante como, para a maioria de nós, católicos, o padre é visto como uma pessoa que tem algum problema, e que por isso não se casou. Interessante como, também para a imensa maioria dos católicos, é um grande absurdo a Igreja obrigar que aqueles que desejam ser padres devem abrir mão do casamento.
Quando Jesus comentou com os discípulos sobre as responsabilidades próprias do casamento, concluiu seu pensamento dizendo: “Há pessoas que não se casam por causa do Reino dos Céus” (Mt 19,12). Para Jesus, a razão pela qual uma pessoa não se casa e decide se consagrar a Deus na vida religiosa nunca deve ser porque ela sofreu uma terrível frustração no campo amoroso, mas sim porque ela encontrou um amor maior, um sentido maior para a sua vida, que vai muito além do sonho de se casar, ter filhos e constituir uma família.
Pessoas que acham que tal padre ou tal freira escolheu a vida religiosa porque se frustrou no amor têm uma imagem negativa de Deus dentro de si. Deus é, para essas pessoas, não Aquele a quem somos chamados “a amar com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com toda a nossa força” (cf. Dt 6,4), mas Alguém que podemos escolher quando não temos uma alternativa mais interessante. Em outras palavras, para essas pessoas (para muitas, aliás), Deus é uma sucata ou, quando muito, uma bijuteria, um prêmio de consolação para quem não conseguiu encontrar na vida a sua pérola preciosa, visão oposta à de Jesus, que disse: “O Reino dos Céus é semelhante a um homem que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra” (Mt 13,45-46).
É verdade que, no início, toda pessoa que entra para a vida religiosa, traz consigo inúmeras motivações, as quais precisam ser purificadas ao longo do processo de formação, para que a pessoa decida por consagrar-se a Deus por causa do Reino e não por causa de si mesma, de algumas compensações que a vida religiosa porventura possa lhe oferecer. Quando eu, padre, me sinto frustrado com a minha própria vocação, preciso ter a coragem de me perguntar se a minha frustração é sinal de uma escolha errada que eu fiz ou sinal de um coração que teoricamente escolheu o Senhor, mas que na prática vive procurando seu Baal {Baal, o ídolo que Israel colocou no lugar de Deus, significa “senhor” e era dado ao marido (cf. Os 2,18)}.
Amedeo Cencini, no livro Virgindade e Celibato hoje, explicitou de maneira muito profunda o sentido do celibato. É com as palavras dele que termino essa reflexão. Não se casar por causa do Reino dos Céus significa “amar a Deus acima de todas as criaturas (de todo coração, de toda a alma e com todas as forças), para amar com o coração e a liberdade de Deus cada criatura, sem se ligar a nenhuma e sem excluir alguma (sem agir com os critérios eletivos-seletivos do amor humano), ou melhor, amando em particular quem é mais tentado a não se sentir amável ou, de fato, não é amado” (pp.22-23). Como disse Jesus: “Quem tiver capacidade para compreender, compreenda!” (Mt 19,12).
Por ocasião do Dia do Padre, celebrado em 04 de agosto, e do Dia dos(as) Religiosos(as), celebrado no 3º. domingo de agosto.
Pe. Paulo Cezar Mazzi
DIA DO PADRE
O Padre entende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um pai (padre) à semelhança de Cristo que amou e deu sua vida ao povo pobre, simples e marginalizado. Nunca hesita. Tudo aceita, confia e acredita em Deus e na sua Providência, e caminha seguro para missão que lhe é designada.É o padre, que através do Evangelho, leva os homens a Deus, pela conversão da fé em Cristo. Por isso, são pessoas que nascem com esse dom e logo cedo ou no momento oportuno, ouvem o chamado de Deus para se consagrarem a servir à comunidade, nos assuntos que se referem a Ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário